Dimensões atribuídas por gestores e profissionais às Instituições de Longa Permanência: Interface e contradições

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. geriatr. gerontol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-02

RESUMO

Resumo Objetivo: analisar as dimensões atribuídas por gestores e profissionais às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Método: pesquisa descritivo-exploratória, de abordagem qualitativa, realizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, por meio de entrevistas e 10 grupos focais com 51 gestores municipais e 62 profissionais atuantes. A análise deu-se pelo conteúdo das entrevistas. Resultados: A partir do agrupamento dos temas recorrentes emergiram três diferentes dimensões que explicitaram os consensos e contradições presentes no material empírico: a) ILPI e a perpetuação do espaço asilar, b) ILPI como espaço de tratamento e c) Um domicílio: convergências e divergências na ILPI. Inicialmente, são evidenciados achados referentes à definição política sobre as ILPI vinculadas diretamente aos órgãos sociais. Na segunda categoria, as ILPI são conotadas negativamente perpetuando-se o estigma da denominação de “asilo” que ainda repercute no seu cotidiano. Como espaço de tratamento, as ILPI são tidas como estabelecimentos de saúde em decorrência dos serviços ofertados e da presença de profissionais de saúde na rotina na instituição. Numa terceira análise, são reconhecidas como um domicílio, fundamentada na legislação vigente que aponta a ILPI como espaço coletivo de caráter residencial. Conclusão: faz-se necessária a discussão de diferentes atributos dados às ILPI com o intuito de efetivação de ações resolutivas no cuidado ao idoso institucionalizado. Ressalta-se a importância de se pensar no direito à saúde desses idosos e a necessidade de compreensão do modo como os idosos habitam esse espaço.

ASSUNTO(S)

envelhecimento idoso instituição de longa permanência para idosos

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