Diagnóstico de malformações congênitas: impactos sobre a saúde mental de gestantes
AUTOR(ES)
CUNHA, Ana Cristina Barros da, PEREIRA JUNIOR, José Paulo, CALDEIRA, Cláudia Lúcia Vargas, CARNEIRO, Vanessa Miranda Santos de Paula
FONTE
Estud. psicol. (Campinas)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-12
RESUMO
Resumo Malformação congênita, segunda maior causa de mortalidade infantil, constitui condição de vulnerabilidade importante na gravidez, que repercute desfavoravelmente na saúde mental da gestante. Objetivou-se estudar o impacto do momento do diagnóstico de malformação congênita sobre a saúde mental de 66 gestantes em atendimento pré-natal. Para isso, as participantes responderam ao Questionário "Momento da notícia", o qual identifica variáveis psicossociais relativas ao momento do diagnóstico da deficiência, e as Escalas Beck, para avaliar sinais e sintomas de ansiedade (Beck Anxiety Inventory) e depressão (Beck Depression Inventory). Todas receberam a notícia através de um médico, sendo 19 no segundo trimestre gestacional. Quatorze consideraram a transmissão do diagnóstico apropriada. No entanto, quando a notícia ocorreu no primeiro trimestre, tanto indicadores de ansiedade (p = 0,0009) quanto de depressão (p = 0,000004) se associaram ao momento da comunicação do diagnóstico; diferente de quando a gestante era comunicada no segundo trimestre, ao qual esteve associado somente os indicadores de depressão (p = 0,0462). Discute-se indicadores de ansiedade e depressão na gestação relacionados ao diagnóstico de malformação congênita como agravantes da vulnerabilidade física e psíquica durante a gestação.
ASSUNTO(S)
diagnóstico gestantes malformação congênita saúde mental
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