Diagnóstico da produção e comercialização de plantios florestais na região do Alto Uruguai, RS.
AUTOR(ES)
DOSSA, D.
FONTE
Colombo: Embrapa Florestas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo ampliar o conhecimento dos produtores, pesquisadores e da resistência técnica sobre a oferta da produção de florestas implantadas entre os anos de 1993 a 1998 e o comportamento da demanda atual de produtos e subprodutos florestais na região do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul. Ele visa fornecer subsídios a novas estratégias de utilização e ampliação dos reflorestamentos naquela região. O estudo foi baseado em 200 questionários aplicados a produtores rurais que implantaram florestas e 100 a agroindústria e comerciantes de florestas, em 19 municípios da região. De 1993 a 1998, 90% das mudas comercializadas pela COTREL foram de pinus e eucaliptos, possibilitando a implantação de 3.152 hectares de floresta, ou seja, 525, 3 ha/ano, dos quais 84,4% com eucalipto. Há perdas médias estimadas de 30% das mudas plantadas. As ofertas de matéria prima proveniente dos reflorestamentos com eucalipto e pinus foram estimadas considerando regimes de manejos visando produção de toras para serraria. Assim, considerando que os reflorestamentos vêm sendo desbastados, foi simulado mais de um desbaste aos 14 anos e corte final aos 21 anos. A demanda de matéria prima em 1999, estima em 175.000m(cúbicos), indica a necessidade de corte de 7 mil hectares por ano, que é 12 vezes maior do que tem sido palmito com a oferta anual de mudas pela COTREL. Por outro lado, um melhor aproveitamento dos reflorestamentos implantados pode ser obtido com a implantação de serrarias portáteis, por exemplo, com capacidade de processar 1.800m (cúbicos) por ano, nove poderiam estar operando a partir de 2007 na região. Pode-se projetar, ainda, até cem serrarias a partir de 2014. A matéria prima adquirida pelo setor agroindustrial e comercial do Alto Uruguai tem 75% de sua origem na região do Alto Uruguai e provém dos estados de Mato Grosso (5,7%) , Paraná (4,8%), Santa Catarina (14,5%). A tendência dos agroindústria e comerciantes quanto ao futuro em sua maioria, prevêem o crescimento. Entre os problemas relevantes levantados pode-se verificar como o mais importante a questão que envolve a qualidade de matéria prima, em 26%. Há pequena conscientização dos produtores para os diferentes usos de florestas plantadas. Os gastos anuais dos produtores na compra de madeira foram estimados em 470,00 em 1998 e R$ 345,00 em 1999, por propriedade. O uso de uma serraria móvel na região pode gerar dois empregos fixos e as taxa interna de retorno é de 18% ao ano. O uso de mão-de-obra foi estimado em 7 empregados por empresa agroindustrial. mas, há predominância de pequenas fábricas familiares de móveis. A perda da cultura florestal pelos produtores, a necessidade de manutenção do fluxo financeiro familiar, no curto prazo, falta de conhecimento do mercado para produtos e subprodutos oriundos da madeira, diminui o interesse pela produção florestal na região.
ASSUNTO(S)
floresta plantio rio grande do sul
ACESSO AO ARTIGO
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/290739Documentos Relacionados
- Estudo dos solos de municípios do Alto Uruguai, RS.
- Saúde mental nos municípios do Alto Uruguai, RS, Brasil: um diagnóstico da reforma psiquiátrica
- INVASÃO BIOLÓGICA POR Hovenia dulcis THUNB. EM FRAGMENTOS FLORESTAIS NA REGIÃO DO ALTO URUGUAI, BRASIL1
- Caracterização da pesca no reservatório de Itá, região do alto Rio Uruguai, no período 2004-2009
- A Cloritização na Mina Uruguai, Minas do Camaquã/RS-Brasil