Determinantes da aderência à terapia anti-retroviral combinada em Brasília, Distrito Federal, Brasil, 1999-2000

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-04

RESUMO

A aderência ao tratamento é um dos principais problemas relacionados à terapia anti-retroviral, já que a tomada incompleta dos medicamentos pode levar à resistência viral. Efeitos colaterais podem interferir com a qualidade de vida dos pacientes. Buscou-se estimar níveis de aderência à terapia e investigar seus determinantes, através de um estudo transversal. Definiram-se dois pontos de corte como boa aderência: a tomada de pelo menos 80% ou de 95% da medicação conforme a prescrição. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas em uma amostra seqüencial de 150 pacientes atendidos no Hospital-Dia de Brasília. Observou-se que a média de aderência foi 85,8%. As variáveis que se mostraram significativamente associadas à baixa aderência foram: idade, escolaridade, situação de emprego, rendas pessoal e familiar, uso de substâncias ilícitas, estrutura familiar e/ou comunitária, presença de infecção oportunista no momento do diagnóstico e ocorrência de efeitos colaterais relacionados à terapia. As razões de prevalência variaram de 1,6 a 4,5. Concluiu-se que variáveis sócio-econômicas e de hábitos tiveram maior força de associação com o nível de aderência do que as relacionadas com a doença ou com o tratamento.

ASSUNTO(S)

síndrome da imunodeficiência adquirida cooperação do paciente terapia anti-retroviral de alta atividade

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