Determinação do conteúdo iônico em um testemunho de gelo antártico

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

Esta dissertação apresenta os resultados das análises por cromatografia iônica do testemunho de gelo IC3 (85°59 S, 81°35 W), de 43,48 m de profundidade, coletado durante a travessia Chileno-Brasileira da Antártica ocorrida no verão de 2004/2005, entre o Polo Sul geográfico (90°S) e a estação chilena Parodi (80°10¿S, 81°26¿W). As amostras, com 2-3 cm de resolução, obtidas com a utilização do sistema de derretimento contínuo do Climate Change Institute (Universidade do Maine, EUA) foram analisadas utilizando um cromatógrafo Dionex DX-500. As concentrações mínimas e máximas, respectivamente, determinadas para os íons em estudo (nos 25 m superiores do testemunho) são 1,84 e 253,17 ¿g L-1 (Cl-); 12,16 e 201,17 ¿g L-1 (NO3-); 7,60 e 190,46 ¿g L-1 (SO42-); 2,15 e 50,31 ¿g L-1 (MS-, metanosulfonato, CH3SO3-); 1,34 e 147,22 ¿g L-1 (Na+); 0,28 e 10,41 ¿g L-1 (K+); 0,52 e 16,42 ¿g L-1 (Mg2+) e 0,66 e 29,60 ¿g L-1 (Ca2+). Estes dados estão de acordo com valores reportados na literatura para a área. A variabilidade do Cl- apresenta um padrão semelhante à de Na+, e a distribuição das razões Cl-/Na+ são maiores do que a razão destes íons na água do mar, sugerindo uma fonte adicional de Cl- a partir de HCl. Como esperado para a região central da Antártica, o registro de MS- não mostra sazonalidade. Este é também o comportamento do íon NO3-. O registro do testemunho de gelo IC-3 representa 48 ± 3 anos de acumulação (32,3 cm em equivalentes de água ano-1).

ASSUNTO(S)

cromatografia iônica gelo : antártica quimica ambiental

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