Detecção de enterotoxinas produzidas por B. cereus através da análise de amostras de café torrado e moído da cidade do Rio de Janeiro
AUTOR(ES)
Souza, Cyllene de Matos Ornelas da Cunha Corrêa de, Abrantes, Shirley de Mello Pereira
FONTE
Food Science and Technology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
O café é uma das bebidas mais apreciadas no mundo. Os grãos de café são obtidos a partir do fruto de uma pequena planta que pertence ao gênero Coffea. Coffeaarabica e Coffea canephorarobusta são as duas espécies de maior importância comercial. Eles são mais comumente conhecidos como arábica e robusta, respectivamente. Dois terços das plantas de Coffea arabica são cultivados na América do Sul e Central e África Oriental (o local de origem desta espécie de café). A contaminação com micro-organismos tem sido um dos principais fatores que afetam a qualidade do café, devido ao método de colheita adotado no Brasil. As safras brasileiras são realizadas mediante a mistura à base de frutas colhidas no chão com aquelas que caem sobre panos. Como a bactéria Bacillus cereus frequentemente usa o solo como um reservatório de meio ambiente, é facilmente capaz de se tornar um contaminante. Este estudo teve como objetivo avaliar a contaminação e o potencial de genes que codificam a enterotoxina B. cereus e os complexos HBL e NHE, que foram observados em cepas de amostras de café torrado e moído comercializado no Município do Rio de Janeiro. Os resultados de PCR revelaram o alto potencial de produção de enterotoxinas em amostras. O método descrito por Speck (1984) foi utilizado para o isolamento de contaminantes de solo e de café torrado. A investigação do potencial de produção de enterotoxinas por isolados dos microrganismos foi realizada através do enterotoxina B. cereus reversa passiva em látex kit de teste de aglutinação (BCET-RPLA, Oxoid), de acordo com instruções do fabricante. O potencial de produção de enterotoxinas foi investigado através de reação em cadeia da polimerase (PCR) para os genes hblA, hblD e hblC (que codifica a hemolisina BL) e para os genes nheA, nheB e nheC (codificador da enterotoxina não hemolítica - NHE). Do total de 17 cepas, 100% foram positivas para pelo menos um gene da enterotoxina, 52,9% (17/09) foram positivas para os três genes que codificam o complexo HBL, 35,3% (17/06) foram positivas para os três genes da NHE e 29,4% (17/05) foram positivas para todos os genes enterotoxigênicas.
ASSUNTO(S)
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