Detecção de DNA de adenovírus em linfócitos humanos através da reação de polimerização em cadeia

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Microbiology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-06

RESUMO

Seqüências de DNA de adenovirus são freqüentemente encontradas em linfócitos humanos, tendo sido utilizadas para tal as técnicas de PCR e "Southern blot". Isto é possível apesar dessas células não serem permissivas à replicação de adenovírus, sugerindo persistência do genoma viral. Para investigar esse fenômeno, procuramos detectar em voluntários não sintomáticos DNA adenoviral e expressão do gene E1A. Amostras de DNA obtidas de glóbulos brancos periféricos de 51 voluntários, foram submetidas à PCR utilizando oligonucleotídeos para uma seqüência conservada do gene hexon, seguindo-se uma "nested PCR". Seqüências de adenovirus foram encontradas em 27 amostras (52,9%). Depois de mais de um ano, novas amostras desses voluntários positivos foram analisadas e em 70,8% dos casos o resultado foi mantido. Como isto poderia ser devido à persistência, decidimos verificar se o gene precoce E1A estava relacionado analisando sua expressão através de RT-PCR. Os resultados foram negativos para todas as amostras. O par de oligonucleotídeos desenvolvido para essa finalidade, que tem como alvo uma região conservada em E1A, permitiu detectar seqüências de adenovírus diretamente por PCR. A concordância encontrada entre essa análise e a pesquisa para o gene hexon foi de 84%. Nossos dados sugerem alta ocorrência e persistência de genoma adenoviral em linfócitos humanos, e indicam que uma região distinta de E1A é responsável pela persistência. Podemos também afirmar que a PCR para o gene E1A é uma boa opção quando se quer detectar adenovírus, evitando-se o alto risco de contaminação da "nested PCR" necessária para identificar a presença do gene hexon.

ASSUNTO(S)

infecção adenoviral persistência viral linfócitos "nested pcr"

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