DetecÃÃo do fator V Leiden em pacientes trombofÃlicos no Estado do CearÃ. / Detection of factor V Leiden in patients with thrombophilia in CearÃ, Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

06/08/2004

RESUMO

As doenÃas trombÃticas constituem um sÃrio problema na saÃde mundial. Diversas desordens hereditÃrias, que afetam o sistema fisiolÃgico anticoagulante, estÃo atualmente estabelecidas como fatores de risco para a ocorrÃncia do evento trombÃtico. Dentre estes o fator V Leiden à o mais freqÃente. A associaÃÃo entre alteraÃÃes no gene do fator V e a ocorrÃncia de eventos trombÃticos desencadeou o desenvolvimento de diversas pesquisas. Neste estudo, 100 pacientes portadores de eventos trombÃticos, atendidos no ambulatÃrio de Hematologia do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Cearà - HEMOCE/SESA/UFC, foram analisados para a detecÃÃo da presenÃa do fator V Leiden. O grupo controle consistiu de 110 voluntÃrios sadios. A freqÃÃncia encontrada na populaÃÃo controle foi de 2,7% (03/110), enquanto que nos pacientes trombofÃlicos foi de 9% (09/100). Destes, 77,8% (07/09) eram do sexo feminino e 22,2% (02/09) do sexo masculino e a cor predominante foi a parda [66,7% (06/09)]. A faixa etÃria mais freqÃente foi entre 26 e 33 anos [33,4% (03/09)]. Do total dos pacientes portadores do fator V Leiden, 88,9% (08/09) apresentaram trombose venosa profunda e 11,1% (01/09) trombose arterial com recorrÃncia do evento trombÃtico de 22,2% (02/09). A correlaÃÃo entre a presenÃa do evento trombÃtico/presenÃa do fator V Leiden e o uso de contraceptivo oral foi de 71,4% (05/07). Das pacientes portadoras e que usaram contraceptivo oral nÃo ocorreu o aborto. A localizaÃÃo do primeiro evento trombÃtico, nos portadores, foi predominantemente nos membros inferiores [88,9% (08/09)] e 11,1% (01/09), nas artÃrias coronÃrias. Em 44,4% (04/09) havia um ou mais fatores de risco/morbidade associado. A freqÃÃncia da mutaÃÃo encontrada no estado do Cearà mostrou-se inferior aos dados obtidos na regiÃo de Botucatu (SP) - 12% e ao estudo de Benson, em Atlanta (EUA)- 12,4 e ainda menor que os encontrados na regiÃo de Campinas (SP)- 20% e à populaÃÃo com ancestral europeu-18%. A diferenÃa entre pacientes trombofÃlicos e populaÃÃo controle nÃo foi estatisticamente significante (p=0,19), mas o risco estimado para o evento trombÃtico foi de 2,46.

ASSUNTO(S)

thrombophilia anatomia patologica e patologia clinica fator v trombose venosa trombofilia factor v - genetic venous thrombosis

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