Desigualdade no acesso a medicamentos para doenças crônicas em mulheres brasileiras
AUTOR(ES)
Katrein, Flávia, Tejada, Cesar Augusto Oviedo, Restrepo-Méndez, Maria Clara, Bertoldi, Andréa D.
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-07
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de acesso a medicamentos para tratamento de doenças crônicas e a existência de desigualdades socioeconômicas no acesso. Os dados são da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde e da Mulher e da Criança de 2006, com uma amostra de 15.575 mulheres (15 a 49 anos). Dessas, 7.717 tiveram diagnóstico de doença crônica com necessidade de obtenção de medicamento e foram consideradas elegíveis para o estudo. O desfecho foi construído com base no diagnóstico de doença crônica e na necessidade de obtenção de medicamento para o tratamento. A análise ajustada foi conduzida usando-se a regressão de Poisson. Os grupos que apresentaram maior prevalência de acesso foram os domiciliados na zona rural, com uma ou duas doenças crônicas e com nível socioeconômico mais elevado. A prevalência de acesso encontrada foi alta, no entanto, as análises demonstram que existe desigualdade socioeconômica no acesso a medicamentos a favor dos mais ricos, identificando como grupo mais vulnerável aquele dos indivíduos mais pobres e com maior número de doenças crônicas.
ASSUNTO(S)
preparações farmacêuticas farmacoepidemiologia equidade em saúde estudos transversais
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