Desempenho ambiental da aquicultura em Rondônia, Brasil
AUTOR(ES)
Borges, Aurélio Ferreira, Santos, Anderson Alves, Rezende, José Luiz Pereira de, Borges, Maria dos Anjos Cunha Silva, Ciríaco, Abílio da Paixão, Santiago, Thaís Muniz Ottoni
FONTE
Rev. Ceres
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-04
RESUMO
Com o presente estudo objetivou-se analisar o desempenho ambiental da aquicultura no município de Colorado do Oeste, estado de Rondônia, Brasil. Foram entrevistados 15 piscicultores. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas estruturadas, utilizando-se de questionário elaborado a partir das indicações dadas pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O questionário considerou 12 itens, organizados em três assuntos principais: a) padrões sociais e legais; b) padrões ambientais; c) padrões de segurança alimentar e higiênicos. A aquicultura no município de Colorado do Oeste, Rondônia, apresenta dois sistemas de produção de peixes: um extensivo e outro semi-intensivo. No semi-intensivo a taxa de estocagem foi em média de um peixe por m3; as espécies mais criadas foram o tambaqui (Colossoma macropomum), as Tilápias (Oreochromis spp.), o Pirarucu (Arapaima gigas) e o Pintado (Pseudoplatystoma spp.). A taxa de renovação de água se deveu à maior disponibilidade de alimento natural neste sistema. Houve constante renovação de água nos viveiros (1.500 litros por minuto). No sistema semi-intensivo em viveiro escavado os alevinos foram estocados e alimentados durante todo tempo de criação com alimento natural e exógeno. O sistema extensivo foi dependente da produção natural do viveiro, com densidade de estocagem limitada pela produção natural de alimento. A pequena renovação de água fez com que o próprio tanque de cultivo atuasse como lagoa de decantação, ocorrendo oxidação e sedimentação da matéria orgânica residual, composta por fezes, organismos mortos e adubo orgânico. No sistema extensivo ocorreu produção de reduzido volume de efluente em relação à área de cultivo; houve elevada turbidez da água, causada pela alta concentração de organismos planctônicos; na água havia baixa concentração de oxigênio dissolvido. Os dados mostraram que nove propriedades de piscicultores entrevistados apresentaram desempenho ambiental crítico (inferior a 30,0%). Seis propriedades de piscicultores apresentaram desempenho ambiental péssimo (entre 30,0 e 50,0%) (Coeficiente de sustentabilidade = quadros verdes x 100 ÷ Total de questões menos os quadros amarelos)
ASSUNTO(S)
gestão ambiental da aquicultura desenvolvimento sustentável aquicultura amazônica