Descontaminação transoperatória de enxerto durante cirurgia de reconstrução do LCA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-08

RESUMO

Resumo Objetivo Avaliar diferentes descontaminantes para enxertos de tendões, propondo um protocolo de antissepsia para o enxerto contaminado. Métodos Um total de 25 pacientes foram doadores de tecido para o estudo. Cada participante doou uma amostra de 2,5 cm de tendão, a qual foi dividida em 5 fragmentos de 5 mm durante cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA). O material coletado foi dividido em 5 grupos, totalizando 125 amostras. Ao todo, quatro fragmentos de cada paciente foram colocados sobre o piso da sala cirúrgica, durante um minuto, para contaminação, simulando a queda do enxerto no chão durante o ato operatório. O outro fragmento foi, imediatamente, colocado em um recipiente esterilizado (grupo 1). Um dos fragmentos contaminados foi colocado no recipiente esterilizado sem ser previamente imerso em solução descontaminante (grupo 2). Os demais fragmentos foram imersos, por dez minutos, em solução descontaminante: clorexidina 0,5% (grupo 3), soro fisiológico 0,9% (grupo 4) e ortoftaldeído 0,55% (grupo 5), e, após esse tempo, foram colocados individualmente em um recipiente esterilizado. As amostras dos 5 grupos foram submetidas a exame microbiológico. Resultados Houve detecção de bactérias em 26% do total de amostras nos testes microbiológicos, sendo que no grupo 1 não houve crescimento de micro-organismos. No grupo 2, observou-se crescimento bacteriano em 16 amostras. Avaliando-se os grupos de teste 3, 4 e 5, o percentual de descontaminação foi superior ao crescimento de micro-organismos nas respectivas culturas. Conclusão O protocolo sugerido pelo estudo mostrou que é possível a descontaminação transoperatória do enxerto.

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