Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O cachimbo e o número quatro: dois traços, repetição infinita. Mallarmé, O Azul, do infinito-quatro à série infinita. As cinzas do cachimbo, as cinzas de Auschwitz, as cinzas de Rui Barbosa. Tabaco, planta da América: uso religioso e medicinal. Tabaco e cachimbo como dom, remédios. Colombo descobre o tabaco. O ouro de Colombo e sol de Mallarmé. Índios, primeiros homines sacri. Frei Bartolomé, Borges e a escravidão negra. Tabaco e africanos. Exu e seu charuto. Pretos Velhos e seus cachimbos. O "cachimbo" de Cuba. Mário de Andrade vê feiticeiros de Cuba no Brasil. Mário vê o vodu haitiano também. Mário fecha o corpo no catimbó: cachimbo em ação. Fernando Ortiz, açúcar versus tabaco, branco versus negro: guerra. Cachimbo, instrumento de tortura: limiar entre dom e veneno. O cachimbo da paz: Baudelaire e o faroeste. Cachimbo: do uso coletivo à sala do burguês. Mallarmé e seu cachimbo. Baudelaire e seu cachimbo. Georges Bataille e o tabaco: excesso, dispêndio. Jacques Derrida, dom e tabaco. O que é o dom? Da impossibilidade do dom. Cachimbo: do feitiço ao fetiche. O que é o transe? Subjetivação e dessubjetivação, animalização e humanização. O cavalo da makumba e o cavalo de Oswald e Clarice. O humano e o inumano. Ralatos de Métraux e Verger. Possessão e anestesia. Separação entre homem e animal. Teatro e Transe. Ator e cavalo. Transe e transgressão. Transgressão ou profanação? O cavalo da makumba e a prova de humanidade. Racismo e animalidade. Por que Exu dá medo? No transe, ator e personagem são indiscerníveis. O rito e o mito. O transe e a narração. O Eu e o Outro na possessão. Do cavalo a Cara de Cavalo. Cara de Cavalo e Cobrador. De bandido a terrorista. Violência histérica e homo sacer: o homem-pênis. Por um novo terrorismo. O hibridismo do cavalo. O hibridismo da makumba. Travestimento, o transe e o sexo: simulacro, máscara. O cavalo e o animot: animais no singular. Makumba, estado de exceção efetivo e magia negra. O sacrifício. Quem é mais sagrado: homem ou animal? Derrida, Hegel, Bataille. Derrida herdeiro de Bataille. Bataille, de Hegel. Hegel, do Haiti. Haiti: revolução e vodu. Derrida e o sacrifício. Bataille e a descontinuidade. Barravento, Glauber Rocha: dialética com macumba. Différance e dyferença. A escrita de Glauber. Firmino: Exu hegeliano. Firmino e Macunaíma. O transe de Glauber. O hibridismo do barravento. Glauber e Borges: eztetyka do sonho. Por que makumba? A guerra e o sacrifício. A guerra e a escravidão: diferimento da morte (Jean Baudrillard). Sacrifício e dom. Derrida, um batailleanismo sem reservas. As fotografias de Pierre Verger usadas por Bataille. Verger: Bataille, Caillois, Mauss, Métraux, etc. Derrida com Makumba. Phármakon, o indecidível: remédio e veneno. Obàlúayié, o phármakon africano. Obàlúayié: anjo corcunda do cemitério, como o de Klee, de Benjamin. Obàlúayié e sua máscara. Exu também é phármakon, e pharmakeús. Exu, Pombagira, a moeda falsa, o travesti: divisão binária dos sexos (Severo Sarduy, Jacques Lacan). Travestimento como falsificação de moedas. A ambigüidade de Exu. Thot, o mensageiro (dos egípcios), como Hermes e Exu. Gregos macumbeiros. Thot inventou o jogo de dados. Exu, o de búzios. Um lance de búzios jamais abolirá o acaso. Un coup de dés é uma constelação. O lance de búzios também. A eternidade das estrelas: jogo de búzios, eterno retorno e repetição (Blanqui). O pai de santo e o astrólogo de Benjamin. Jogo de búzios e imagem dialética. Jogo de Búzios e a mônada de Leibniz. Jogo de búzios e a deriva, indistinção entre o lúdico e o dia-a-dia (Guy Debord). Jogo de búzios como umbigodomundolivro (Haroldo de Campos). Leibniz, Mallarmé, africanos: o livro total. Jogo + máscara = transe. O que é a máscara? Picasso, Deleuze, Sarduy e Carl Einstein: arte primitiva. Máscara e identidade. Identidade e liberalismo. Máscara e rosto, cavernas de Lascaux: surge o ser acéfalo. A cabeça, o rosto e Francis Bacon: indiscernibilidade entre homem e animal - diferonça. A máscara e a mercadoria. A máscara e o espetáculo. Natureza morta e barroco. Trompe-l oil e a dobra do real. William Harnett e suas still lifes: o cachimbo retorna. Cachimbo e circulação de mercadorias. Cachimbo e circulação dos escravos. Magritte e seu cachimbo-vodu-simulacro. Transculturação é um trompe-l oil. Tabaco e racismo. Tabaco e massacre dos índios. Tabaco e tráfico de escravos. Tabaco e nazismo. Tabaco e política contemporânea. O que é racismo? Racismo e o gozo do Outro.

ASSUNTO(S)

linguistica, letras e artes literatura magia fumo candomblé

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