Depressão após revascularização do miocárdio: um estudo prospectivo

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A depressão durante ou logo após a hospitalização, eleva duas a três vezes o risco de mortalidade ou eventos cardíacos não-fatais, aumentando sensivelmente a morbimortalidade desses pacientes. OBJETIVO: Avaliar o impacto da revascularização do miocárdio nos sintomas de depressão de pacientes portadores de doença arterial coronariana. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo de 57 pacientes de ambos os sexos, submetidos à revascularização do miocárdio, entre junho de 2010 e junho de 2011. Foram utilizados os questionários SF-36 para avaliar a qualidade de vida, e o Inventário de Depressão Beck para detectar sintomas depressivos, aplicados no pré-operatório e após seis meses. RESULTADOS: A prevalência de pacientes na faixa etária de 60 a 69 anos foi de 22 (38,60%) pacientes, 39 (68,42%) homens, 26(45,61%) autodeclarados pardos, 16 (28,07%) alfabetizados e 30 (52,63%) casados. O escore Inventário de Depressão Beck demonstrou aumento após a revascularização de 15 (26,32%) pacientes em grau leve no momento zero para 17 (29,82%) após. E com grau moderado, sete (12,28%) pacientes antes e 10 (17,54%) após. Nas categorias de indivíduos com grau mínimo houve redução de 32 (56,14%) para 28 (49,12%) e grave de três (5,26%) para dois (3,51%) pacientes. Observou-se associação entre Inventário de Depressão Beck, sexo, idade, estilo de vida, comorbidades e a qualidade vida. CONCLUSÃO: Observou-se elevada prevalência de escores elevados de inventário de depressão Beck, piores escores de sintomas depressivos entre homens e associação entre a melhoria dos escores de qualidade de vida e o Inventário de Depressão Beck.

ASSUNTO(S)

revascularização miocárdica depressão qualidade de vida

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