Dados retrospectivos de tumores de bainha de nervo periférico na pele de cães com ênfase a fatores histológicos, imuno-histoquímicos e prognósticos
AUTOR(ES)
Boos, Gisele S., Bassuino, Daniele M., Wurster, Fabiana, Castro, Neusa B., Watanabe, Tatiane T.N., Silva, Gustavo S., Sonne, Luciana, Driemeier, David
FONTE
Pesq. Vet. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-12
RESUMO
Resumo: Neste estudo retrospectivo foi determinada a frequência dos tumores de bainha de nervo periférico (TBNP) na pele de cães diagnosticados pelo Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SPV-UFRGS), Brasil, no período de 2000 a 2012. O histórico dos cães, assim como a histologia, a imuno-histoquímica e o prognóstico em relação aos tumores foram baseados em 70 amostras histológicas, correspondendo a 40 fêmeas (57%), 29 machos (41%) e uma amostra sem a informação do sexo. De 2000 a 2012, foram diagnosticados 2984 tumores de pele de cães pelo SPV-UFRGS, totalizando 2,34% das neoplasias em cães. A maior parte das amostras (43%) foi proveniente de animais sem raça definida (SRD), seguidos pelos da raça Pastor Alemão (10%). A localização predominante dos TBNP desta pesquisa ocorreu em membros (40% em membro tóracico e 29% em membro pélvico), afetando principalmente cães de oito a 11 anos idade (54%). As amostras foram processadas rotineiramente para coloração de Hematoxilina e eosina, e foram realizadas as colorações de azul de toluidina e tricrômio de Masson, assim como realizada imuno-histoquímica (IHQ) anti-vimentina, -S-100, -GFAP, -actina, von Willbrand e neurofilamento. Os fatores anisocitose e anisocariose, índice mitótico, necrose intratumoral, invasão tumoral em tecidos adjacentes, localização tumoral, local de recorrência e metástase foram relacionados com o diagnóstico de benignidade (49/70) ou malignidade (21/70). O padrão histológico de Antoni A foi observado com mais frequência em tumores benignos. A IHQ auxiliou no diagnóstico dos TBNP, com maiores índices de imunomarcação anti-vimentina e S-100. A análise estatística das amostras de animais que apresentaram recidiva tumoral evidenciou que a chance de um animal com tumor de bainha de nervo periférico maligno desenvolver recidiva é 4,61 vezes maior do que em animais que apresentam tumor benigno.
ASSUNTO(S)
cães sistema nervoso periférico neoplasia prognóstico brasil
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