Da intersubjetividade transcendental à intersubjetividade prática: uma abordagem sócio-psicológica da estética musical kantiana

AUTOR(ES)
FONTE

Trans/Form/Ação

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

É bem sabido que a estética de Kant está estruturada intersubjetivamente, porque ele honra a reivindicação do gosto pela universalidade. No entanto, o fundamento transcendental desta universalidade compartilhada é uma base suprasensível tida por certa, mas que não pode ser trazida diretamente para dentro da experiência comunicativa. O apelo kantiano à estrutura sintética a priori do juízo estético também remove-o da esfera da interação pessoal observável. Esta estratégia argumentativa expõe-no a desafios céticos e gera referências inacessíveis às representações internas (sejam elas intuições, categorias do entendimento ou idéias racionais). Não é suficiente, como faz Kant, propor uma descrição da experiência estética que seja subjetivamente plausível e, a partir disso, reivindicar sua validade intersubjetiva. É indispensável encarnar a intersubjetividade no comportamento e na linguagem. Na intersubjetividade prática, lida-se com as atitudes estéticas em um modo concreto e acessível, sem depender de pressupostos mentalistas como fundamento. Termos conceituais como 'agradável', 'belo', 'sublime', 'feio', 'universalidade' adquirem novo significado em um contexto interativo e reivindicações estéticas são testadas em um modelo dialógico de jogo semântico.

ASSUNTO(S)

kant estética musical intersubjetividade g. h. mead roger scruton

Documentos Relacionados