Da amizade: ritmos narrativos na historiografia literária de Antonio Candido e Sérgio Buarque de Holanda
AUTOR(ES)
Gaio, Henrique Pinheiro Costa
FONTE
Topoi (Rio de Janeiro)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO O interesse na formação literária e nos sentidos do Modernismo foi compartilhado por Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) e Antonio Candido (1918-2017). No entanto, ambos produziram panoramas da literatura nacional que, a despeito do acabamento ou inacabamento, demonstram resultados discretamente distintos. Se, por um lado, Candido propõe uma historiografia literária sentimental, pautada na transição das preceptivas clássicas para emergência de uma sensibilidade local, de outro, Sérgio Buarque organiza sua historiografia literária por meio da tópica, tornando-a o eixo analítico de seu panorama erudito. Em ambos os casos, a historiografia literária articula-se com o momento da superação de uma sensação de desterro, identificada nas raízes ibéricas ou na literatura comum. Todavia, o desejo compartilhado de descrever/engendrar a superação da sensação de desterro acaba por indicar formas diferentes de se compreender a expressão barroca e, por conseguinte, ritmos narrativos distintos na formação literária nacional, oscilando entre morosidade e aceleração.
Documentos Relacionados
- Elementar: Antonio Candido, inventor do inventivo Sérgio Buarque de Holanda
- Cordialidade, malandragem e autoritarismo: aspectos do Brasil por Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido e Roberto Schwarz
- Para além de um prefácio: ditadura e democracia no diálogo entre Antonio Candido e Sérgio Buarque de Holanda
- Sérgio Buarque de Holanda na USP
- Outros lados : Sergio Buarque de Holanda: critica literaria, historia e politica (1920-1940)