Crianças e adolescentes que consomem alimentos ultraprocessados possuem pior perfil lipídico? Uma revisão sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo O aumento da participação de alimentos ultraprocessados na alimentação de crianças e adolescentes está relacionado ao desenvolvimento de agravos não transmissíveis, como dislipidemia. Objetivou-se realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a relação do consumo de alimentos ultraprocessados e o perfil lipídico de crianças e adolescentes. Realizou-se uma busca nas bases de dados PubMed, Scopus, Cochrane e LILACS por estudos com desenhos transversais e longitudinais, com ou sem intervenção; em crianças e/ou adolescentes aparentemente saudáveis, que tivessem a ingestão de alimento ultraprocessado como variável de exposição e o perfil lipídico como desfecho. Após triagem, 14 estudos foram incluídos, destes, nove demonstraram que o consumo de ultraprocessados estava relacionado com o aumento do LDL-c, colesterol total, triglicerídeos e diminuição do HDL-c. Três estudos não encontraram nenhuma relação e dois demonstraram que a maior ingestão de cereais prontos estava relacionada com a diminuição de colesterol total e LDL-c. Observou-se elevado consumo de alimentos ultraprocessados e relação positiva com lipídios sanguíneos em crianças e adolescentes o que chama atenção para a realização de intervenções, como educação nutricional, com vistas a reduzir a ingestão desses alimentos.

Documentos Relacionados