CRESCIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES FLORESTAIS NA RECOMPOSIÇÃO DA MATA CILIAR EM TALUDES SUBMETIDOS À TÉCNICA DA BIOENGENHARIA DE SOLOS
AUTOR(ES)
Holanda, Francisco Sandro Rodrigues, Gomes, Luciana Godinho Nery, Rocha, Igor Pinheiro da, Santos, Thiago Tavares, Araújo Filho, Renisson Neponuceno de, Vieira, Thiago Roberto Soares, Mesquita, João Basílio
FONTE
Ciênc. Florest.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-01
RESUMO
RESUMO A Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, vem sendo submetida a fortes impactos ambientais por meio de alterações do regime hidrológico e sedimentológico, além de avançada destruição da sua mata ciliar. A vegetação ciliar possui importante função na proteção das margens dos rios promovida pela cobertura vegetal e seu sistema radicular, melhorando a agregação de um solo pouco coeso, diminuindo o arraste de partículas e, consequentemente resultando em menor taxa de erosão e assoreamento do curso d’água. Este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento inicial de espécies florestais em talude marginal submetido à técnica de bioengenharia de solos no rio São Francisco. A bioengenharia de solos foi composta pela cobertura longitudinal do talude com o biotêxtil (Tela Fibrax® 400BF), e em razão das variações diárias de cota do rio foram também utilizados retentores de sedimentos (Bemalonga® D40) para redução ao impacto da água na base do talude, evitando o solapamento promovido pelo fluxo e refluxo das ondas. Antes da fixação do biotêxtil, foram semeadas a lanço sementes da espécie Brachiaria decumbens para promoção de uma rápida cobertura vegetal. Em seguida foram plantadas mudas de seis espécies florestais nativas da região: aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi.), pau-pombo (Tapirira guianensis Aubl.), mulungu (Erythrina velutina Willd.), tamboril (Enterolobium contortisiliquum (Vellozo) Morong), canafístula (Cassia grandis L.f.) e pau-ferro (Caesalpinia leiostachya (Bentham) Ducke). O desenvolvimento das mudas foi analisado por meio da Taxa de Crescimento Relativo de Altura da parte aérea e Diâmetro do colo. Após 360 dias, ao final das avaliações, observou-se que o maior número de indivíduos vivos foi identificado no tratamento com bioengenharia de solos. A grande densidade e agressivo crescimento da espécie Brachiaria decumbens na área com biotêxtil, trouxe danos para o desenvolvimento inicial das mudas arbóreas.
ASSUNTO(S)
espécies arbóreas nativas recuperação de taludes marginais rio são francisco
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