Crescimento, fotossíntese e indicadores de estresse em plantas jovens de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) sob diferentes intensidades luminosas
AUTOR(ES)
Gonçalves, José Francisco de Carvalho, Barreto, Denize Caranhas de Sousa, Santos Junior, Ulysses Moreira dos, Fernandes, Andreia Varmes, Sampaio, Paulo de Tarso Barbosa, Buckeridge, Marcos Silveira
FONTE
Brazilian Journal of Plant Physiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-09
RESUMO
Essa espécie arbórea da Amazônia, Aniba rosaeodora Ducke, pertence à família das Lauraceae. Em vista da intensa e desordenada exploração, visando à extração de óleos essenciais (linalol), o pau-rosa figura na lista de espécies ameaçadas de extinção. Poucos estudos ecofisiológicos têm sido feito no sentido de subsidiar futuros programas de plantios florestais. Dessa forma, pesquisou-se o efeito de diferentes irradiâncias sobre as características fotossintéticas e de crescimento em plantas de A. rosaeodora, na fase juvenil. Plantas com nove meses foram submetidas a quatro tratamentos de luz (T1 = 10 a 250 µmol.m-2.s-1 / controle; T2 = 500 a 800, T3 = 700 a 1.000 e T4 = 1.300 a 1.800 µmol.m-2.s-1 / pleno sol). Analisaram-se variáveis alométricas, trocas gasosas, teores de pigmentos cloroplastídicos e a fluorescência da clorofila a. Quanto ao crescimento relativo, observou-se que plantas de A. rosaeodora exibiram maior acúmulo de biomassa quando crescidas sob condições intermediárias de irradiância (T2). O melhor desempenho fotossintético foi induzido por T3. Quando se correlacionou crescimento com fotossíntese, percebeu-se que as plantas submetidas aos tratamentos T2 e T3 exibiram melhores respostas em comparação com os extremos de menor (T1) e maior irradiâncias (T4). Os maiores teores de pigmentos cloroplastídicos foram obtidos nas plantas sob sombra (T1) e os menores teores encontrados naquelas expostas a pleno sol (T4). Quanto à eficiência fotoquímica do fotossistema II (Fv/Fm) observou-se que apenas as plantas do tratamento de sombra (T1) não apresentaram estresse por alta irradiância. Os resultados sugerem que ambos os tratamentos (T1 e T4) alteraram a funcionalidade das plantas de A. rosaeodora, inibindo a fotossíntese e o crescimento. A pleno sol, plantas de A. rosaeodora desenvolveram mecanismos de fotoproteção. No entanto, a espécie apresentou melhor resposta fotossintética e ganho de biomassa em condições intermediárias de irradiância, demonstrando relativa plasticidade fisiológica, durante o estádio juvenil.
ASSUNTO(S)
eficiência fotoquímica do fotossistema ii espécies tropicais fluorescência da clorofila a pigmentos cloroplastídicos taxa de crescimento relativo trocas gasosas
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