CPAP em selo d'água versus CPAP com fluxo variável em recém-nascidos com desconforto respiratório: um ensaio controlado randomizado
AUTOR(ES)
Yagui, Ana Cristina Zanon, Vale, Luciana Assis Pires Andrade, Haddad, Luciana Branco, Prado, Cristiane, Rossi, Felipe de Souza, Deutsch, Alice D'Agostini, Rebello, Celso Moura
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a eficácia e segurança da pressão positiva contínua na via aérea (CPAP) utilizando aparelhos de fluxo variável e fluxo contínuo em selo d'água, quanto a falha do CPAP, ocorrência de escape de ar, tempo de uso de CPAP e de oxigênio e tempo de internação em unidade de terapia intensiva e hospitalar em neonatos com desconforto respiratório (DR) moderado e peso de nascimento (PN) > 1.500 g. MÉTODOS: Quarenta recém-nascidos que necessitavam de CPAP foram randomizados em dois grupos: um grupo tratado com fluxo variável (FV) e outro com fluxo contínuo (FC). O estudo foi realizado entre outubro de 2008 e abril de 2010. Foram registrados dados demográficos, falha do CPAP, ocorrência de escape de ar, tempo de uso de CPAP e de oxigênio, entre outros. Os desfechos categóricos foram analisados com o teste do qui-quadrado ou exato de Fisher e as variáveis contínuas com o teste de Mann-Whitney, com significância de p < 0,05. RESULTADOS: Não houve diferença quanto aos dados demográficos, falha do CPAP (21,1 e 20,0% para o FV e o FC, respectivamente; p = 1,000), síndrome de escape de ar (10,5 e 5,0%, respectivamente; p = 0,605), tempo de CPAP [mediana: 22,0 h, intervalo interquartil (IIQ): 8,00-31,00 h e mediana: 22,0 h, IIQ: 6,00-32,00 h, respectivamente; p = 0,822), e tempo de uso de oxigênio (mediana: 24,00 h, IIQ:7,00-85,00 h e mediana: 21,00 h, IIQ:9,50-66,75 h, respectivamente; p = 0,779). CONCLUSÃO: Em recém-nascidos com PN > 1.500 g e DR moderado, o CPAP nasal com fluxo contínuo apresentou os mesmos benefícios do CPAP nasal com fluxo variável.
ASSUNTO(S)
lactente recém-nascido ventilação unidades de terapia intensiva neonatal
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