Corticoide oral e inalatório para tratamento de sibilância no primeiro ano de vida
AUTOR(ES)
Alvim, Cristina Gonçalves, Nunes, Simone, Fernandes, Silvia, Camargos, Paulo, Fontes, Maria Jussara
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-08
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a frequência e os fatores associados ao uso de corticoides para o tratamento de sibilância em lactentes no 1º ano de vida. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com o questionário validado do Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes, com 1.261 lactentes entre 12 e 15 meses em Belo Horizonte (MG). Foi realizado o cálculo das proporções e intervalo de confiança de 95% e teste de qui-quadrado para estudo da associação entre as variáveis. RESULTADOS: Seiscentos e cinquenta e seis (52%) manifestaram sibilância no 1º ano de vida, sendo 53% do sexo masculino e 48,2% brancos. A média de idade do primeiro episódio foi 5,11±2,89 meses. Verificou-se elevada morbidade, com frequentes idas à emergência (71%) e hospitalizações (27,8%). Foram frequentes a história familiar de asma e atopia (32,2 a 71%), exposição a tabagismo passivo (41,5%) e mofo (47,3%). As prevalências da utilização de corticoides, tanto por via oral (48,7%) quanto inalatória (51,3%), foram elevadas e maiores no grupo com três ou mais episódios. Crianças com maior morbidade tiveram maior chance de receber uma prescrição de corticoide (p < 0,05). CONCLUSÃO: A elevada frequência de utilização de corticoides aponta para a necessidade de estabelecerem-se critérios específicos para o tratamento da sibilância nos primeiro anos de vida, para evitar a extrapolação do tratamento da asma para outras condições transitórias e autolimitadas, em que o uso do corticoide pode representar mais um risco do que um benefício.
ASSUNTO(S)
lactente asma tratamento morbidade
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