Correlatos perceptivos e acústicos dos ajustes supraglóticos na disfonia

AUTOR(ES)
FONTE

Revista CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

OBJETIVO: avaliar os correlatos perceptivo-auditivos (ajustes supraglóticos) e acústicos (formantes) da qualidade vocal de indivíduos disfônicos com alterações glóticas, atendidos em ambulatório de fonoaudiologia de uma instituição hospitalar da cidade de São Paulo. MÉTODOS: o grupo estudado foi representado por amostras de voz de 20 indivíduos disfônicos com idades variadas entre 30 e 65 anos do sexo feminino (atendidos em um hospital da cidade de São Paulo) e julgamentos perceptivo-auditivos da qualidade vocal por amostras avaliadas previamente por um grupo de juízes em atividade clínica. As amostras foram exploradas quanto à freqüência dos três primeiros formantes (F1, F2 e F3). Os valores foram considerados de forma qualitativa (comparados aos dados da análise perceptivo-auditiva) e quantitativa (teste Qui-quadrado). RESULTADOS: os ajustes de qualidade vocal mais freqüentes foram laringe baixa, mandíbula fechada, lábios arredondados, corpo de língua abaixado, corpo de língua retraído, labiodentalização. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas para os valores de freqüência de F1 para os vocábulos "cata" (864 Hz) e "gata" (814 Hz), p=0 e F3 para os vocábulos "cata" (2598 Hz) e "gata" (2660 Hz), p=0,17 dos indivíduos do grupo estudado em relação aos valores de referência para o Português-Brasileiro. CONCLUSÃO: os ajustes de qualidade vocal identificados encontraram correspondência com a diminuição dos valores de F1 e F3 indicando tendências de ajustes do trato vocal.

ASSUNTO(S)

distúrbios da voz percepção auditiva acústica da fala medida da produção da fala qualidade da voz

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