Correlatos clínicos da cognição social após acidente vascular cerebral isquêmico: descobertas preliminares

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

RESUMO. A co-ocorrência de distúrbios comportamentais e comprometimento cognitivo pós-acidente vascular cerebral (AVC) é amplamente descrita na literatura. No entanto, os estudos geralmente não incluem a cognição social entre os domínios cognitivos avaliados. Objetivo: Investigar a potencial associação entre o reconhecimento da emoção facial, uma medida da cognição social, e os sintomas comportamentais e cognitivos na fase subaguda do AVC isquêmico. Métodos: Pacientes internados em uma Unidade de AVC com AVC isquêmico foram acompanhados até 60 dias, quando foram avaliados com os seguintes instrumentos: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM); Bateria de Avaliação Frontal (FAB); Teste de Memória Visual da Bateria Cognitiva Breve (VMT); Fluência Verbal Fonêmica (Teste F-A-S); Span de dígitos; Teste de Reconhecimento de Emoção Facial (FERT) e Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Um grupo controle constituído por 21 indivíduos saudáveis também foi submetido à mesma avaliação. Resultados: Dezoito pacientes com AVC isquêmico foram incluídos no presente estudo, apresentando idade, sexo e anos de escolaridade semelhantes aos do grupo controle. Os sintomas de depressão e déficits de memória episódica foram significativamente mais frequentes em pacientes com AVC. O reconhecimento da expressão de tristeza correlacionou-se positivamente com os níveis de ansiedade e depressão, ao passo que o reconhecimento da expressão de medo correlacionou-se negativamente com depressão no grupo de AVC. Conclusões: Após um AVC isquêmico, pacientes podem apresentar alterações de cognição social, especificamente de reconhecimento da emoção facial, em associação com sintomas comportamentais.

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