Correlação entre os índices de necrose e a estabilização precoce nas fraturas da extremidade proximal do fêmur na infância
AUTOR(ES)
Astur, Diego da Costa, Arliani, Gustavo Gonçalves, Nascimento, Carolina Lins e Silva, Blumetti, Francesco Camara, Fonseca, Marcio José Alher, Dobashi, Eiffel Tsuyoshi, Pinto, José Antonio, Ishida, Akira
FONTE
Revista Brasileira de Ortopedia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
OBJETIVO: Desenvolvemos este trabalho, com o intuito de avaliar o resultado do tratamento de pacientes portadores de fraturas do fêmur proximal, em uma série de casos. Procuramos observar a influência das complicações mais prevalentes nos resultados finais após o mínimo de dois anos de seguimento. Correlacionamos especialmente a instalação da necrose avascular e o tempo entre o acidente e a instituição da terapêutica. MÉTODOS: Estudamos, retrospectivamente, 29 pacientes com fraturas da extremidade proximal do fêmur, com idade inferior a 14 anos entre 1988 e 2007. Analisamos as seguintes variáveis: sexo, idade, mecanismo de trauma, classificação da fratura (Delbet), tratamento realizado, complicações (pseudartrose, deformidade em varo, anisomelia e necrose avascular), tempo para cirurgia e resultado (Ratliff). Obtivemos uma análise descritiva individual de cada variável. Os testes foram utilizados de acordo com a adequação das premissas de normalidade e para avaliação utilizamos o teste exato de Fisher. RESULTADOS: Obtivemos cinco (17,2%) pacientes com necrose avascular sendo três (60,0%) com idade superior a 10 anos; 73,3% dos pacientes tratados nas primeiras 24 horas apresentaram bons resultados; a causa mais comum de fratura foi acidente automobilístico (44,8%); os melhores resultados foram observados nos pacientes tratados cirurgicamente; 41,4% evoluíram com algum tipo de complicação. CONCLUSÕES: Entre os 29 pacientes tratados, segundo os critérios de Ratliff, obtivemos 58,6% de bons, 27,6% de regulares e 13,8% de maus resultados. Quando aplicado o tratamento incruento, obtivemos apenas 17,0% de bons resultados, enquanto que após o tratamento cirúrgico obtivemos 69,3%. Da mesma forma, observamos que houve 73,3% de bons resultados quando a cirurgia foi realizada nas primeiras 24 horas e apenas 42,8% nos pacientes submetidos à intervenção terapêutica após este período. Pacientes submetidos à cirurgia nas primeiras 24 horas evoluíram com necrose da cabeça do fêmur em 13,3%, enquanto os que foram operados após este período tiveram esta complicação em 21,4% dos casos.
ASSUNTO(S)
fraturas do fêmur fraturas do fêmur criança
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