Correlação entre o momento da cirurgia e a ocorrência de complicações per-operatórias no tratamento das fraturas trocanterianas do fêmur
AUTOR(ES)
Mascarenhas, Leonardo Barros, Albuquerque II, João Bourbon de, Vieira, Rian Souza, Salim, Rodrigo, Paccola, Cleber Antonio Jansen, Kfuri Júnior, Maurício
FONTE
Revista Brasileira de Ortopedia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
OBJETIVO: Estabelecer se há correlação entre o momento da cirurgia e a ocorrência de complicações intra e pós- operatórias no tratamento das fraturas trocanterianas do fêmur no idoso. MÉTODO: Estudo retrospectivo avaliando o histórico de 281 pacientes operados entre 2000 e 2009 no Hospital das Clinicas da FMRP-USP. As variáveis avaliadas foram: sexo, idade, data, mecanismo do trauma, momento da admissão, tipo da fratura, complicações pré e pós- operatórias, tempo entre o trauma e a cirurgia, horário e duração da cirurgia, implante utilizado, Tip Apex Distance (TAD), tempo de hospitalização, re-operações. De acordo com o horário da cirurgia os casos foram divididos em dois grupos: Horário Comercial (7:00 - 17:00) x Horário Plantão (17:01 - 6:59). RESULTADOS: Houve um predomínio de cirurgias no horário comercial, na proporção aproximada de 5:1. O intervalo de tempo médio entre a data do trauma e a cirurgia foi de três dias. Não houve diferença estatística entre os grupos (hora comercial x plantão) relacionada ao TAD médio, tipo da fratura, implante, complicações sistêmicas e mortalidade em um ano. O tempo médio entre o trauma e a cirurgia foi três dias. CONCLUSÕES: Para pacientes que são admitidos ou operados com mais de 24 horas decorridas do trauma, o horário da cirurgia não se mostrou uma variável relevante, no que diz respeito à ocorrência de complicações per operatórias. Em nossa realidade, é preferível realizar a fixação destas fraturas em horário comercial, dispondo de completa infra-estrutura de recursos humanos e técnicos.
ASSUNTO(S)
fratura trocanteriana do femur tratamento cirurgico momento da cirurgia resultados
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