Correlação entre estado nutricional e ingestão alimentar em pacientes de hemodiálise
AUTOR(ES)
Morais, Alvaro A. C., Silva, Maria A. T., Faintuch, Joel, Vidigal, Erica J., Costa, Rozilene A., Lyrio, Daniele C., Trindade, Celia R., Pitanga, Karoline K.
FONTE
Clinics
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-06
RESUMO
OBJETIVOS: Pacientes em fase final de enfermidade renal frequentemente sofrem de falta de apetite, várias comorbidades e restrições dietéticas, e a despeito de hemodiálise regular, desequilíbrios nutricionais são frequentemente relatados. Com o propósito de correlacionar estado nutricional com ingestão alimentar, um estudo prospectivo foi realizado com pacientes ambulatoriais. MÉTODOS: Doentes estáveis sibmetidos a hemodiálise crônica por no mínimo 3 meses (n= 44) foram investigados mediante recordatório alimentar e determinações convencionais antropométricas, bioquímicas e de bioimpedância , incluindo-se avaliação global subjetiva e também objetiva. A idade do grupo era de 47.0 ± 16.9 anos com 63.6% de homens. O índice de massa corporal situava-se em 22.2 ± 3.9 kg/m2, a ingestão calórica foi de 1471 ± 601 kcal/dia (20.7 ± 6.7 kcal/kg/dia) e o consumo proteico atingiu 74.3 ± 16.6 g proteina/dia (1.2 g/kg/dia) . As variáveis dietéticas e clínicas foram correlacionadas com os índices nutricionais através da análise de regressão linear. RESULTADOS: A desnutrição estimada pela avalia;áo global subjetiva foi muito comum (>90%), apesar de que o índice de massa corporal e a taxa de albumina estavam aceitáveis na maioria da população. A avaliação objetiva global evidenciou resultados numericamente parecidos, com 6,8% bem nutridos, 61,4% com risco nutricional ou desnutrição leve, 29,6% no patamar moderado e 2,3% exibindo desnutrição grave. O ganho calórico total não apresentou associações, todavia ingressos de proteina, carboidratos e lípides se correlacionaram positivamente com a prega cutânea do tríceps (P=0.02). Apenas a ingestão lipídica associou-se diretamente com a circunferência do braço, demonstrando ainda correlação com o índice de massa corporal bem como com a gordura corpórea total (bioimpedância) (P<0.001). CONCLUSÕES: 1) 0s teores de proteinas, lípides e carboidratos na dieta exibiram um certo número de correlações com variáveis antropométricas e de bioimpedância; 2) A ingestão lipídica foi o melhor índice nesta experiência, ultrapassando a proteina ou o ganho energético total; 3) Em que pesem algumas limitações, o recordatório alimentar foi útil na avaliação destes pacientes de hemodiálise.
ASSUNTO(S)
hemodiálise insuficiência renal uremia avaliação nutricional avaliação subjetiva global bioimpedância
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