Correlação da composição de placas à histologia virtual com proteína C-reativa
AUTOR(ES)
Siqueira, Dimytri Alexandre de Alvim, Sousa, Amanda Guerra Moraes R., Costa Junior, José de Ribamar, Costa, Ricardo Alves da, Staico, Rodolfo, Tanajura, Luis Fernando Leite, Centemero, Marinella Patrizia, Feres, Fausto, Abizaid, Alexandre Antonio Cunha, Sousa, J. Eduardo Moraes R.
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
11/06/2013
RESUMO
FUNDAMENTOS: Estudos prévios demonstram que o principal determinante de vulnerabilidade da placa aterosclerótica é a sua composição. Recentemente, diversos métodos de imagens e marcadores laboratoriais têm sido investigados visando identificar lesões vulneráveis. O ultrassom com Histologia Virtual® (HV) permite a diferenciação e quantificação dos componentes da placa. Por sua vez, a proteína C-reativa (PCR) é apontada como importante preditor de eventos adversos. A correlação entre este marcador e as características da placa não é bem estabelecida. OBJETIVOS: Avaliar a constituição da lesão culpada em pacientes com síndrome coronária aguda (SCA) - conforme caracterizada pela HV - e investigar a relação dos componentes da placa com o marcador inflamatório PCR. MÉTODOS: Cinquenta e dois pacientes com SCA e com indicação de intervenção coronária percutânea foram submetidos a dosagens de PCR de alta sensibilidade antes e 24 horas após a ICP. Análise por ultrassom HV da lesão-alvo foi realizada antes da ICP. RESULTADOS: A média de idade foi de 55,3 ± 4,9 anos, sendo 76,9% homens, 67,3% hipertensos e 30,8% diabéticos. A área luminal mínima foi de 3,9 ± 1,3 mm², e a carga de placa de 69 ± 11,3%. Os componentes da placa foram assim identificados: fibrótico (59,6 ± 15,8%), fibrolipídico (7,6 ± 8,2%), cálcio (12,1 ± 9,2%), necrótico (20,7 ± 12,7%). Não observamos correlação entre os níveis basais de PCR ou a variação dentre os valores pré e pós-ICP com os componentes da placa. CONCLUSÃO: Neste estudo, a composição das placas pela HV foi predominantemente fibrótica, com alto conteúdo necrótico. Não foi encontrada correlação entre a PCR e os componentes da lesão culpada em pacientes com SCA.
ASSUNTO(S)
síndrome coronariana aguda placa aterosclerótica proteína c-reativa técnicas histológicas diagnóstico por imagem
Documentos Relacionados
- Proteína c-reativa e S100B na mania aguda
- Correlação entre Proteína C-Reativa em Veia Periférica e Seio Coronário na Angina Estável e Instável
- Efeitos da terapia periodontal sobre proteína C-reativa e HDL no soro de indivíduos com periodontite
- Avaliação dos níveis séricos da proteína C-reativa após artroplastia total do joelho
- Dosagens séricas de proteína C-reativa na fase inicial da sepse abdominal e pulmonar