Corpos, emoções e risco: vias de compreensão dos modos de ação individual e coletivo

AUTOR(ES)
FONTE

Sociologias

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/12/2019

RESUMO

Resumo Neste número da revista Sociologias, ao lado de “corpos e emoções”, soma-se a ideia de “risco” a fim de incorporar à reflexão sociológica o grau de incerteza no qual se desenrolam as relações sociais cotidianas. O corpo, do ponto de vista sociológico, é compreendido como signo das relações sociais, que encerra um conjunto de representações da vida individual e coletiva, e que compõe uma gramática que se tornou objeto particular de uma sociologia especializada constituída contemporaneamente e que já consolidou diferentes frentes de pesquisa. As emoções, por sua vez, não estão separadas do seu suporte, seu veículo expressivo, o corpo. Estas, em sociologia ou antropologia, frutos da observação e análise das relações sociais, também não podem ser tratadas como substância, entidade que antecipa ou contradiz as ações humanas, mas sim como uma dimensão da vida afetiva que se modifica constantemente por conta da infinidade de possibilidades de interação humana. Nos interstícios dos corpos e das emoções, a noção de risco nos revela as incertezas da existência individual que sempre oscila entre a vulnerabilidade e a segurança, o impulso e a sensatez. A fim de desnaturalizar e relativizar tais noções, este dossiê apresenta artigos derivados de diferentes abordagens teóricas e metodológicas empreendidas por pesquisadores do Brasil, Argentina, México e França.Abstract In this issue of Sociologias, we bring discussions around “bodies and emotions”, adding the idea of “risk”, in order to incorporate into the sociological reflection the degree of uncertainty that daily social relations entail currently. The body, from the sociological point of view, is understood as a sign of social relations, encompassing a set of representations of both individual and collective life, which composes a grammar that constituted a particular subject of a specialized field of contemporary sociology that has consolidated different research strands. Emotions, in turn, are not separate from their support, their expressive vehicle, the body. These, in sociology or anthropology, while the fruit of observation and analysis of social relations, cannot be treated either as substance, entity that anticipates or contradicts human actions, but as a dimension of affective life that is constantly changing due to the infinite possibilities of human interaction. In the interstices of bodies and emotions, the notion of risk reveals to us the uncertainties of individual existence that always oscillate between vulnerability and security, impetus and judgment. In order to denaturalize and relativize such notions, this dossier presents articles that stem from different theoretical and methodological approaches undertaken by researchers from Brazil, Argentina, Mexico and France.

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