Cordeiro em embalagem ativa com sachê absorvedor de oxigênio/emissor de gás carbônico: estabilidade físico-química e microbiológica durante armazenamento refrigerado

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Food Technol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-09

RESUMO

A carne de cordeiro é comercializada no Brasil quase que exclusivamente na forma congelada, em função da maior vida útil fornecida pelo armazenamento congelado quando comparada à vida útil do armazenamento refrigerado. No entanto, devido à tendência de aumento da demanda por produtos de conveniência, surge a necessidade de mais estudos para permitir a comercialização da carne ovina na forma refrigerada. O objetivo deste estudo foi avaliar a contribuição da tecnologia de embalagens ativas na extensão da vida útil de lombos de cordeiro (Longissimus lumborum) armazenados sob refrigeração (1±1 ° C), em comparação com a embalagem tradicional a vácuo. Para tanto, dois tipos de sachês foram empregados: sachê absorvedor de oxigênio e sachê absorvedor de oxigênio/emissor de gás carbônico. Foram avaliados três tratamentos: 1) Vácuo (controle), 2) Vácuo + sachê absorvedor de oxigênio e 3) Vácuo + sachê absorvedor de oxigênio/emissor de gás carbônico. Durante 28 dias, foram realizadas semanalmente análises microbiológicas (contagens de psicrotróficos anaeróbios, coliformes a 45 ° C, estafilococos coagulase positiva, Salmonella e bactérias láticas) e físico-químicas (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, cor objetiva, valor de pH, perdas no cozimento e força de cisalhamento). Os experimentos foram repetidos três vezes para todos os tratamentos. Os resultados demonstraram que a carne de cordeiro embalada nos três diferentes sistemas manteve-se estável, durante todo o período de armazenamento, em relação à maioria dos parâmetros físicos e químicos avaliados, e dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira para microrganismos patogênicos. No entanto, todos os tratamentos apresentaram contagens elevadas de microrganismos psicrotróficos anaeróbios e bactérias láticas, atingindo valores superiores a 10(7) UFC/g, aos 28 dias de armazenamento. Assim, nas condições testadas, nenhum dos dois tipos de sachês avaliados (sachê absorvedor de oxigênio e sachê absorvedor de oxigênio/emissor de gás carbônico) foi capaz de estender a vida útil do lombo de cordeiro, quando incorporados a essa carne embalada a vácuo.

ASSUNTO(S)

cordeiro embalagem a vácuo embalagens ativas microbiologia oxidação

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