Cooperação sul-sul e parcerias estratégicas, novos parâmetros para a análise do Brasil como potência média

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A consolidação de um cenário internacional multipolar é marcada, no início do século XXI, pelo espaço cada vez maior que vem ganhando as potências emergentes na estruturação de uma nova ordem internacional. Nesse cenário, as potências que ocupam uma posição intermediária no cenário internacional, aqui denominadas potências médias, teriam um especial interesse em buscar a cooperação como a melhor forma de se contrapor às ações quase sempre coercitivas e unilaterais das grandes potências (WOOD, 1987). Serão analisadas, então, as estratégias adotadas por esses países para alcançar o reconhecimento do seu status no cenário internacional em três esferas de ação, a regional, a multilateral e a bilateral, de acordo com os parâmetros de Ricardo Sennes (2003). A estrutura multipolar passará pela articulação dos países do Sul para a construção de uma ordem internacional que leve em conta as disparidades no nível de desenvolvimento entre os países. Para tanto, sugere-se que a articulação das potências médias com o objetivo de promoção desta nova ordem deverá considerar a adoção da Cooperação Sul-Sul, de políticas de redução das assimetrias e da articulação com outras potências médias, via parcerias estratégicas e arranjos inter-regionais, como estratégias de inserção internacional.

ASSUNTO(S)

brasil cooperação internacional brazil’s foreign policy estratégia middle powers south-south cooperation países em desenvolvimento strategic partnerships política externa relações internacionais

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