Controle farmacológico da onda folicular em vacas Nelore associando acetato de melengestrol, prostaglandina e gonadorelina
AUTOR(ES)
Jose Eduardo Jardim Murta
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
24/02/2011
RESUMO
Objetivou-se avaliar a taxa de prenhez, diâmetro folicular e nível sérico do Acetato de Melengestrol (MGA) correlacionando-os, além de comparar o custo adicional dos medicamentos e seu impacto nas taxas de prenhez de dois grupos de vacas Nelore, multíparas, lactantes, inseminadas artificialmente em tempo fixo (IATF), em dois experimentos. No G1 , n=30 (experimento I) aplicouse, análogo do GnRH (100 g Gonadorelina) no dia um, considerado início do tratamento; análogo da Prostaglandina (75 g D-Cloprostenol), no dia sete e segunda aplicação do análogo do GnRH, no dia nove. No G2, n=28 (experimento I), aplicou-se tratamento similar ao G1, adicionando-se Acetato de Melengestrol (MGA) ao sal mineral (0,05 mg de MGA/vaca/dia) entre os dias um e sete. No experimento II, os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos (G1=40 e G2=41) que receberam pré-tratamento com MGA (0,5 mg/dia) durante quatorze (G1) e sete dias (G2), respectivamente. A seguir foram aplicados: GnRH (100g de Gonadorelina) no dia um (d1); Prostaglandina (75 g D-Cloprostenol) no dia sete (d7); segunda dose de GnRH (100g de Gonadorelina) no dia nove (d9), quando então foram realizadas as inseminações artificiais. No experimento I, os diâmetros médios dos folículos ovarianos foram de 1,04±0,37 e 0,98±0,35 cm no d1; 1,00±0,28 e 1,01±0,40 no d7, e 1,19±0,32 e 1,12±0,30 cm no d9, (P>0,05); as taxas de prenhez foram de 26,66% e 28,57% após IATF; 63,33% e 64,28% após repasse com ouros (P>0,05), respectivamente, para G1 e G2. No experimento II, os diâmetros foliculares foram de 1,08±0,31 e 0,94±0,23 cm (P<0,05) no d-3, as taxas de prenhes de 24% e 22% após IATF, 51,2% e 55,0% após repasse com touros (P>0,05), respectivamente, nos grupos 1 e 2. A concentração de MGA no experimento I foi de 0,12±0,20 ng/mL e não detectado (P>0,05) e no experimento II de 0,03±0,06 e 0,07±0,02 ng/mL (P<0,05), respectivamente, para G1 e G2. O custo total com medicamentos no experimento I foi de US$138.00 e US$177.80, e no experimento II de US$332.10 e US$254.00, respectivamente, para G1 e G2. O material de consumo/animal e por prenhez, no experimento I, apresentou custo de US$11,42, US$13.23, US$38.06 e US$46.32, e no experimento II de US$15.01, US$13.23, US$35.95 e US$31.04, respectivamente, para G1 e G2. O consumo de MGA por sete ou 14 dias não afetou a taxa de prenhez em nenhum dos grupos experimentais. Já os folículos ovarianos apresentaram maiores diâmetros quando o MGA foi consumido por período de quatorze dias, apresentando níveis séricos uniformes durante todo o período de consumo, sugerindo correlação positivo entre diâmetro folicular e consumo de MGA em períodos superiores a sete dias. A eficiência econômica dos sistemas de produção poderá ser aumentada com a redução dos gastos com material de consumo pela elevação das taxas de prenhes que poderão ser obtidas com os protocolos propostos
ASSUNTO(S)
ovulação teses. prenhez teses. medicamentos aspectos econômicos teses. zootecnia teses. vaca inseminação artificial teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8M3J9NDocumentos Relacionados
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