Controle da queima da saia em alface com isolados de Trichoderma spp
AUTOR(ES)
Pinto, Zayame Vegette, Cipriano, Matheus Aparecido Pereira, Santos, Amaury da Silva dos, Pfenning, Ludwig Heinrich, Patrício, Flávia Rodrigues Alves
FONTE
Summa phytopathol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-06
RESUMO
A queima da saia, causada por Rhizoctonia solani AG 1-IB, é uma importante doença da cultura da alface no Brasil, para a qual o controle biológico com Trichoderma não foi desenvolvido até o momento no país. O presente estudo foi realizado com o objetivo de selecionar isolados de Trichoderma para serem usados para o controle da queima da saia em alface. Quarenta e seis isolados de Trichoderma obtidos com iscas contendo micélio do patógeno foram avaliados em experimentos conduzidos in vitro e in vivo, os quais foram realizados em casa de vegetação, em duas fases.Em laboratório os isolados foram avaliados com relação às capacidades de parasitismo e de produção de substâncias metabólicas tóxicas, com capacidade de inibir o crescimento micelial do patógeno. Na primeira fase dos experimentos in vivo, foram avaliados o número e a massa seca de plântulas de alface da cultivar White Boston. Na segunda fase, 12 isolados eficientes na primeira fase e que também apresentaram rápido crescimento e esporulação abundante em laboratório, foram avaliados com relação à sua capacidade de controlar a queima da saia em dois experimentos repetidos, e também tiveram suas espécies identificadas. A maioria dos isolados de Trichoderma spp. (76%) apresentou elevada capacidade de parasitismo e 50% dos isolados produzim metabólitos tóxicos capazes de inibir 60-100% do crescimento micelial de R. solani AG1-1-B. Vinte e quatro isolados promoveram aumento do número e 23 na massa seca de plântulas de alface inoculadas com o patógeno na primeira fase dos experimentos in vivo. Nos dois experimentos da segunda fase dois isolados de T. virens, IBLF 04 e IBLF 50, reduziram a severidade da queima da saia e promoveram o aumento do número e da massa seca das plântulas de alface inoculadas com R. solani AG 1-IB. Esses isolados haviam apresentado elevada capacidade de parasitismo e de produção de substâncias metabólicas tóxicas, indicando que as fases in vitro e in vivo empregadas no presente estudo foram eficientes para a seleção dos antagonistas a serem utilizados para o controle da queima da saia em alface.
ASSUNTO(S)
controle biológico rhizoctonia solani lactuca sativa
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