Contos de fadas e a construção da imagem simbólica coletiva frente à inclusão escolar
AUTOR(ES)
Luciene Martins Tanaka
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo discutir a influência da construção da imagem coletiva sobre a deficiência e diferença, que no decorrer da história, constituiu-se numa memória social, que veio interferindo na formação de crenças e valores, bem como resultando em determinadas atitudes de resistência à inclusão de alunos com deficiência nas escolas de ensino regular. Desta forma, partimos do questionamento sobre o como e porquê, tantos valores e crenças com bases históricas, persistem nesse novo milênio, resultando muitas vezes em atitudes, comportamentos preconceituosos à inclusão de crianças com deficiência, ou considerados diferentes do padrão tido como normal, em âmbito social ou escolar, sobretudo no ensino regular fundamental de 1 à 4 série. Ora, numa época em que tanto se fala sobre integração, inclusão social, escola inclusiva, porquê será que encontramos atitudes diversas dos professores frente à inclusão de alunos com qualquer tipo de deficiência? Não é nossa intenção fazer qualquer espécie de julgamento desses profissionais, mas sim de compreendermos o motivo de certos comportamentos permanecerem no novo século. Temos sim a intenção de propor uma reflexão sobre a forma como nossa memória social é constituída e desta forma cristalizada ao longo do tempo, viabilizando aos profissionais da educação, uma visão crítica e consciente do tipo de postura que adotaremos em nosso fazer e viver pedagógico, priorizando a formação de cidadãos com diferentes crenças e valores, dos até hoje perpetuados. Por meio de uma educação compromissada e consciente, poderemos possibilitar uma transformação social, adotando atitudes de resistência à exclusão, à discriminação, com uma relação interativa, visando uma educação democratizada e para todos, cumprindo sua função inclusiva de garantir o acesso, a permanência, mas, sobretudo o direito de aprender de cada ser humano. Para isso, torna-se necessário que haja um enfraquecimento do poder autoritário, moralizador e padronizador também dos textos da Literatura Infantil (em especial dos contos de fadas), dando ao leitor uma maior autonomia de pensar e de formar uma imagem simbólica coletiva consciente, próxima ao real, sobretudo, mais humanizada.
ASSUNTO(S)
imagem simbólica coletiva collective symbolic image inclusão escolar psicologia school inclusion deficiency deficiência
ACESSO AO ARTIGO
http://mx.mackenzie.com.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=520Documentos Relacionados
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