Construção e crítica na nova sociologia francesa

AUTOR(ES)
FONTE

Sociedade e Estado

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-08

RESUMO

Este artigo propõe uma análise comparativa das sociologias de Bourdieu, Boltanski/Thévenot e Latour/Callon. Seguindo uma dialética descendente, das estruturas materiais Bourdieu às alturas ideais de Boltanski e Thévenot e às platitudes de Latour e Callon, o autor expõe em um primeiro tempo o estruturalismo genético de Bourdieu como um pensamento racional e relacional, que estabelece uma prioridade às estruturas. Ele mostra que o desvio objetivista da teoria dos campos e dos habitus tende a esvaziar as capacidades reflexivas de que dispõem os atores e a reduzi-los a simples agentes. Em um segundo momento, o autor mostra que a sociologia da crítica de Boltanski e Thévenot permite retificar ou corrigir a sociologia crítica. Ela introduz, firmemente, as mediações simbólicas que são as Cidades e concebe os Dispositivos como comutadores, que restabelecem o laço com a macrossociologia. Enfim, em um terceiro e último momento, o autor critica a eliminação das estruturas materiais e ideais que configuram a ação para a sociologia dos atores em rede. Ela se fixa nas práticas que performam o mundo, associando os humanos e os não humanos, em um tecido sem costura e sem fim que cobre o mundo.

ASSUNTO(S)

bourdieu boltanski latour sociologia crítica sociologia pragmática teoria dos atores em rede construção social crítica

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