Constipação intestinal em pacientes com paralisia cerebral: avaliação dos resultados das intervenções de enfermagem
AUTOR(ES)
Fabiana Faleiros Castro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
A constipação intestinal afeta cerca de 74% dos pacientes com paralisia cerebral. Este estudo avaliou as intervenções de enfermagem no tratamento da constipação intestinal em pacientes com paralisia cerebral tetraplégica, realizadas em um ambulatório de reeducação intestinal de uma Rede de Hospitais de Reabilitação. Trata-se de um estudo quantitativo, longitudinal e prospectivo. A amostra foi composta por 50 pacientes portadores de paralisia cerebral tetraplégica associada à constipação intestinal. A reeducação intestinal utilizando medidas conservadoras foi avaliada mediante coleta de dados em entrevista, com formulário estruturado, aplicado em dois momentos de orientação e treinamento familiar, em um intervalo de dois a três meses. Os dados referentes à freqüência intestinal e consistência das fezes foram coletados a partir de um recordatório preenchido no domicílio pelos responsáveis. As orientações conservadoras utilizadas foram: consumo diário de alimentos laxantes como frutas e verduras folhosas, acréscimo de óleos vegetais às principais refeições e aumento da ingestão hídrica. Foi realizado também um treinamento dos cuidadores para a execução de manobras intestinais (massagem intestinal e prensa abdominal) de forma sistemática. Houve melhora total da constipação intestinal em 70% dos pacientes, melhora parcial em 20% e 10% permaneceram constipados. Concomitantemente esses pacientes apresentaram melhora de alguns aspectos da qualidade de vida como sono, apetite, irritabilidade e diminuição significativa das intercorrências relacionadas à constipação intestinal, como sangramento retal, fissura anal, manobra para reter fezes, choro e fácies de dor ao evacuar. A reeducação intestinal, com medidas conservadoras de tratamento da constipação intestinal, foi efetiva para o grupo de pacientes com paralisia cerebral tetraplégica deste estudo. Recomenda-se que essas medidas não farmacológicas sejam utilizadas preferencialmente para tratamento da constipação intestinal em pacientes com paralisia cerebral tetraplégica e que a terapia medicamentosa seja apenas um adjuvante.
ASSUNTO(S)
quadriplegia decs constipação intestinal/terapia decs enfermagem decs cuidados de enfermagem decs cuidadores/educação decs humanos educação alimentar e nutricional decs dissertações acadêmicas como assunto decs pesquisa qualitativa decs questionários decs paralisia cerebral/complicações decs enfermagem teses
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/GCPA-7TSHPDDocumentos Relacionados
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