Consorcios de exportacao: instrumento da pequena e media empresa em sua internacionalizacao

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

O modelo corrente da economia internacional está assentada sobre a mobilidade das Pequenas e Médias empresas (PMEs). Estas, porém, apresentam enormes dificuldades de penetração no mercado internacional. É fácil entender o tipo de dificuldade que tais empresas enfrentam ao tentarem vencer o desafio de expansão mercadológica. PMEs de maior dificuldade ainda são aquelas de base não tecnológica. Estas, especificamente, necessitam de grandes aportes de capital e de um excessivo aumento estrutural para vencer. As dificuldades das PMEs brasileiras não são diferentes. A presente pesquisa focou o esforço de internacionalização das PMEs brasileiras e suas dificuldades específicas: escala de produção, deficiência financeira, técnica e de recursos humanos capacitados para o comércio exterior. Analisou-se também os fatores internos e externos, que condicionam o processo das PMEs em consórcios de exportação, com vistas à sua internacionalização e maior aproveitamento de seu potencial econômico. Para tanto, fizemos uma pesquisa documental acerca da formação de consórcios para exportação e um levantamento de campo de informações junto a entidades nacionais e internacionais que congregam ou suportam tais empreendimentos. Foram coletados dados sobre o tema através de diversas consultas, realizadas tanto por fax, como por correio, e-mails, internet e contatos pessoais junto a diversas entidades governamentais e empresariais; além disso, buscaram-se dados também através da participação em feiras e em sete rodadas de negócios nacionais e internacionais. A pesquisa relata a experiência brasileira de consórcios de exportação, cabendo ser destacado, num breve retrospecto, a mais recente experiência catarinense. Assim, fizemos uma análise da proposta de implantação de dois casos práticos recentes de consórcios de exportação em Santa Catarina: um em Brusque, com empresas têxteis/confecções, e outro em São João Batista, com empresas fabricantes de calçados. Os resultados da pesquisa indicam que o consórcio de exportação, a exemplo da Itália, é uma forma eficiente e vantajosa para iniciar a internacionalização das PMEs na atividade exportadora e, consequentemente, no comércio internacional. No entanto, o sucesso da Itália neste projeto está condicionado a uma série de fatores, principalmente, aqueles relacionados com a estrutura administrativa da Federexport e com o apoio jurídico da Lei Minocci, que garante os recursos financeiros governamentais nos cinco primeiros anos de funcionamento dos consórcios. Estes recursos são orientados para a capitalização das empresas consorciadas e para a promoção de vendas. No Brasil, as PMEs, para constituírem consórcios, necessitam de recursos financeiros, tanto para a formação de capital, como para a manutenção do departamento de exportação em operação, notadamente no que se refere às viagens internacionais e à publicidade. A pesquisa também aponta uma série de programas, incentivos e linhas de crédito para as empresas exportadoras. Os consórcios devem dar uma especial atenção aos seguintes aspectos: escolha e estudo de mercados a serem atingidos, seleção e adequação dos produtos que irão compor a oferta do consórcio de acordo com as exigências dos mercados, formação do preço para exportação, planejamento e cronograma das atividades relacionadas às vendas, estudo das atividades da concorrência, planejamento cuidadoso da publicidade e acompanhamento constante dos resultados junto aos mercados. A experiência internacional indica a importância de ações associativas das PMEs e o apoio das entidades de suporte governamentais e empresariais.

ASSUNTO(S)

small and medium companies export consortiums pequenas e médias empresas international trade exportação administracao de empresas consórcio de exportação

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