Consenso brasileiro de monitorização e suporte hemodinâmico - Parte IV: monitorização da perfusão tecidual
AUTOR(ES)
Réa-Neto, Álvaro, Rezende, Ederlon, Mendes, Ciro Leite, David, Cid Marcos, Dias, Fernando Suparregui, Schettino, Guilherme, Lobo, Suzana Margareth Ajeje
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-06
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A manutenção da perfusão e da oferta de oxigênio às células, para satisfazer o seu metabolismo, é a principal função do sistema cardiorrespiratório. Fisiologicamente, tanto a perfusão quanto à oferta de oxigênio aos tecidos é controlada pela taxa metabólica celular. Os pacientes criticamente doentes estão com alto risco de hipoperfusão tecidual e esta está diretamente relacionada com lesão orgânica e disfunção de múltiplos órgãos. Portanto, a monitorização da perfusão sistêmica é parte integrante e indissociável da avaliação hemodinâmica de qualquer paciente criticamente doente e está indicada em todos estes pacientes. O objetivo foi determinar a utilidade clínica das diferentes formas de monitorização da perfusão à beira do leito. MÉTODO: O processo de desenvolvimento de recomendações utilizou o método Delphi modificado para criar e quantificar o Consenso entre os participantes. A AMIB determinou um coordenador para o Consenso, o qual escolheu seis especialistas para comporem o Comitê Consultivo. Outros 18 peritos de diferentes regiões do país foram selecionados para completar o painel de 25 especialistas, médicos e enfermeiros. Um levantamento bibliográfico na MedLine de artigos na língua inglesa foi realizado no período de 1966 a 2004. RESULTADOS: Foram apresentadas recomendações acerca da utilidade da monitorização clínica da perfusão tecidual, gradiente de temperatura e medida da oxigenação transcutânea, lactato sérico, excesso de base, SvO2/SvcO2, tonometria gasosa gastrintestinal e capnometria gasosa sublingual, gradiente veno-arterial de CO2 e Orthogonal Polarization Spectral (OPS). CONCLUSÕES: A compensação hemodinâmica de um paciente criticamente doente não se completa sem que a perfusão tecidual sistêmica seja corrigida. Vários métodos de monitorização estão disponíveis e são úteis na prática clínica, entretanto, nenhum deles tem características de acurácia e efetividades suficientes para serem utilizados independentemente do contexto clínico.
ASSUNTO(S)
consenso monitorização hemodinâmica perfusão tecidual recomendação
Documentos Relacionados
- Consenso brasileiro de monitorização e suporte hemodinâmico - Parte V: suporte hemodinâmico
- Consenso brasileiro de monitorização e suporte hemodinâmico - parte III: métodos alternativos de monitorização do débito cardíaco e da volemia
- Consenso Brasileiro de Monitorização e Suporte Hemodinâmico - Parte III : métodos alternativos de monitorização do débito cardíaco e da volemia
- Parte II - Capítulo IV: Proletariado e a industrialização brasileira
- Espectroscopia no infravermelho próximo para a monitorização da perfusão tecidual