Consciência crítica com ciência idealista: paradoxos da redução sociológica na fenomenologia de Guerreiro Ramos
AUTOR(ES)
Faria, José Henrique de
FONTE
Cadernos EBAPE.BR
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-09
RESUMO
O propósito deste artigo é elaborar uma crítica da concepção de Guerreiro Ramos nos estudos organizacionais a partir das suas contribuições mais conhecidas, consultadas e referenciadas, de forma a compreender seus fundamentos e suas vinculações, com o objetivo de defender a tese de que as análises críticas de Guerreiro Ramos não autorizam incluí-lo ou considerá-lo como vinculado à Teoria Crítica. As posições críticas de Guerreiro Ramos, conforme será mostrado, baseiam-se no emprego que faz em suas reflexões da fenomenologia, especialmente a de Husserl. Para defender a tese proposta, as análises serão realizadas do ponto de vista da Teoria Crítica. Para tanto, este estudo está organizado em três partes. Na primeira, tratará dos contornos conceituais do que se entende por Teoria Crítica e fenomenologia, de maneira a fundamentar a análise. Na segunda, exporá a proposta da redução sociológica formulada por Guerreiro Ramos, agregada à sua crítica à sociologia brasileira e à proposição de uma nova ciência das organizações. Na terceira, encaminhará uma análise crítica objetiva da concepção de Guerreiro Ramos, tendo por base uma postura metodológica que integra o significado das obras criticadas nos fatos, levando em consideração o significado de sua produção intelectual e a vinculação com a situação existencial.
ASSUNTO(S)
teoria crítica estudos organizacionais fenomenologia guerreiro ramos
Documentos Relacionados
- Guerreiro Ramos e a fenomenologia: redução, mundo e existencialismo
- Guerreiro Ramos, a redução sociológica e o imaginário pós-colonial
- A redução sociológica em status nascendi: os estudos literários de Guerreiro Ramos publicados na revista cultura política
- ALBERTO GUERREIRO RAMOS: CONTRIBUIÇÕES DA REDUÇÃO SOCIOLÓGICA PARA O CAMPO CIENTÍFICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
- O longo caminho: Guerreiro Ramos e a sociologia da administração antes de a nova ciência das organizações