Conhecimento dos enfermeiros do Hospital Universitário Onofre Lopes sobre sistematização da assistência de Enfermagem

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/11/2010

RESUMO

A enfermagem como categoria profissional segue em busca da qualidade de sua assistência através da reestruturação do modelo de trabalho vigente, procurando romper com posturas de ações fragmentadas. Para mudança de práticas profissionais, faz-se necessária a construção de conhecimento próprio com base na sistematização da assistência de enfermagem. O objetivo do estudo foi analisar o conhecimento dos enfermeiros sobre a sistematização da assistência de Enfermagem, no Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN. Estudo descritivo analítico transversal, realizado no HUOL, Natal/RN, 2010, a amostra foi composta de 40 enfermeiros que trabalhavam nas unidades de internação do hospital ou que recebiam pacientes internados.O critério de inclusão foi: estar na escala mensal dos setores escolhidos. Foram utilizados um instrumento de observação não participante e um roteiro de entrevista para a coleta de dados. O tratamento estatístico foi descritivo e inferencial com teste de confiabilidade, teste de Pearson, qui-quadrado e Fischer. As variáveis que se correlacionaram foram analisadas segundo um modelo de regressão logística múltipla, calculando razão de chance (odds ratio). Encontraram-se como resultados: predominância de profissionais do sexo feminino (90%), com idades entre 39 a 46 anos (37,5%), enfermeiros que concluíram curso de graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (80%), e que possuíam especialização (62,5%). Entre os pesquisados, o conhecimento demonstrou significância em relação ao tempo de formação (p=0,018) e tempo de trabalho no HUOL (p=0,036). A maioria dos profissionais investigados não sabia qual o órgão responsável pela resolução da SAE (52,5%), tinha conhecimento dos passos necessários para a construção do diagnóstico de enfermagem (92,5%), compreendia as características do planejamento de enfermagem (90%,). Entretanto, os mesmos profissionais não realizavam exame físico nos pacientes (50%), não classificavam os achados clínicos (68,4%), e identificavam os problemas dos pacientes como classificação de diagnóstico de enfermagem (13,2%). O planejamento da assistência de enfermagem era realizado por ordem verbal dos enfermeiros (82,5%), 41% dos profissionais realizavam avaliação apenas da etapa de intervenção, ou seja, das ações executadas. Referente à aplicação prática da evolução de enfermagem 53% dos enfermeiros não realizavam evolução, 30,8% o faziam de maneira incompleta, os demais realizavam anotações (p=0,003). Os enfermeiros conheciam o processo de enfermagem (90% de adequação nas respostas), não obstante as ações definidas pela teoria não eram aplicadas na prática. Os investigados acreditavam que a condição de hospital-escola (22,5%) possa interferir positivamente na implantação da SAE, associada ao interesse dos profissionais (20%). Dos entrevistados, 17,5% aceitavam como verdade a inexistência de facilidades que auxiliem na implantação da SAE no hospital. Conclui-se que os enfermeiros conheciam a teoria que embasa a SAE e o processo de enfermagem, no entanto não desenvolviam a assistência conforme a conheciam; assim, há necessidade de ações que impulsionem a implantação da SAE como prática dos enfermeiros no hospital investigado

ASSUNTO(S)

processos de enfermagem enfermagem conhecimento enfermagem nursing process nursing knowledge

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