CONFISSÃO E NORMATIVIDADE POLÍTICA: CONTROLE DA SUBJETIVIDADE E PRODUÇÃO DO SUJEITO
AUTOR(ES)
Avelino, Nildo
FONTE
Rev. bras. Ci. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/01/2017
RESUMO
Este artigo aborda os deslocamentos na análise de Foucault acerca da confissão, procurando mostrar como o foco da análise passa das formas imperativas de linguagem para as formas reflexivas e voluntárias. Propõe em seguida uma possível articulação entre confissão e governamentalidade para pensar a produção do Sujeito político. A partir das reflexões de Agamben, acerca do officium e do dispositivo ontológico, e de Esposito, sobre a máquina da teologia-política e o dispositivo da pessoa, busca-se apreender a procedência teórica e o modus operandi da obediência na prática política liberal. Retomando a dialética sujeito-assujeitamento delineada nas análises de Foucault, Agamben e Esposito, assim como as reflexões de Philip Pettit e de William Connolly a respeito de Hobbes e Rawls, o artigo apresenta o sujeito político não como agente pensante, mas como objeto pensado e como condição de possibilidade da Teoria Política.
ASSUNTO(S)
confissão juramento subjetividade veridicção teoria política
Documentos Relacionados
- Saber do corpo, do político e da política: notas sobre indivíduo e sujeito
- TEORIAS FEMINISTAS DA POLÍTICA, EMPIRIA E NORMATIVIDADE
- 6. Favelas e Comunidade Política: a continuidade da estrutura de controle social
- Nos meandros da memória, subjetividade e “confissão” em Angústia, de Graciliano Ramos
- Mensalão e Crise Política: a constituição do sujeito nas inscrições enunciativas da Revista Veja ao significarem o Partido dos Trabalhadores