Condições sanitárias entre domicílios indígenas e não indígenas no Brasil de acordo com os Censos nacionais de 2000 e 2010
AUTOR(ES)
Raupp, Ludimila; Cunha, Geraldo Marcelo; Fávaro, Thatiana Regina; Santos, Ricardo Ventura
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-10
RESUMO
Resumo Este estudo apresenta uma comparação entre domicílios indígenas e não indígenas no tocante à presença de infraestrutura de saneamento básico em áreas urbanas e rurais do Brasil a partir dos dados dos Censos de 2000 e 2010. As análises se basearam em estatísticas descritivas e modelos de Regressões Logísticas Múltiplas (RLM). Os resultados indicam o aumento da presença dos serviços analisados nos domicílios brasileiros ao longo da década. Não obstante, domicílios indígenas apresentaram piores condições sanitárias em 2010. Esgotamento sanitário foi o serviço mais precário registrado em ambos os Censos, com ocorrência ainda menos pronunciada nos domicílios indígenas. Os modelos de RLM confirmaram os resultados descritivos, no sentido de que os domicílios indígenas apresentaram piores condições quanto à presença de serviços de saneamento básico. Observou-se que, em algumas áreas, como o Norte urbano, Sudeste urbano e Centro-Oeste rural, houve o aumento das desigualdades entre domicílios indígenas e não indígenas de 2000 para 2010. O presente estudo não apenas aponta para condições de saneamento menos adequadas em domicílios indígenas no Brasil, como também evidencia a persistência de expressivas desigualdades associadas à cor ou raça.
Documentos Relacionados
- Os indígenas nos censos nacionais no Brasil
- Diferenciais de mortalidade entre indígenas e não indígenas no Brasil com base no Censo Demográfico de 2010
- Características sociodemográficas de indígenas nos censos brasileiros de 2000 e 2010: uma abordagem comparativa
- Classificação dos domicílios "indígenas" no Censo Demográfico 2000: subsídios para a análise de condições de saúde
- Estrutura social e desigualdade de renda: uma comparação entre os municípios metropolitanos e os não metropolitanos do Brasil entre 2000 e 2010