Condições de trabalho e automedicação em profissionais da rede básica de saúde da zona urbana de Pelotas, RS
AUTOR(ES)
Tomasi, Elaine, Sant'Anna, Graciela Castro, Oppelt, Ana Maria, Petrini, Raquel Magalhães, Pereira, Inês Vianna, Sassi, Bárbara Tomasi
FONTE
Revista Brasileira de Epidemiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-03
RESUMO
Este estudo transversal investigou condições de trabalho e a morbidade dos profissionais de saúde da atenção básica em Pelotas, através de informações sociodemográficas, comportamentais, da atividade e ambiente de trabalho e de morbidade. Foram estudados 329 profissionais em 39 serviços. A grande maioria era do sexo feminino (80%) e a média de idade era de 41 anos (±9,2 anos). Quase 30% dos profissionais pertenciam às classes C e D. O hábito de fumar foi referido por 19% dos indivíduos da amostra e 61% não praticaram nenhuma atividade física regular no mês anterior à entrevista. Cerca de metade dos entrevistados tinha outro emprego (51%) e 25% precisaram faltar ao trabalho no último mês, principalmente por problemas pessoais de saúde (59%) e problemas familiares (22%). Em média, os trabalhadores atendiam cerca de 30 pessoas por dia em uma jornada semanal de 40 horas. Problemas de saúde foram referidos por 40% dos entrevistados, com destaque para problemas do aparelho circulatório (27%) e osteomusculares (18%). Independente de ter problema de saúde, 67% dos entrevistados faziam uso de medicamentos regularmente e 47% referiram este uso nos últimos 15 dias. Um quarto costumava automedicar-se, significativamente em maior proporção entre médicos e outros profissionais de nível superior, entre os trabalhadores de maior nível socioeconômico e entre aqueles com mais de um emprego.
ASSUNTO(S)
profissionais de saúde automedicação saúde do trabalhador
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