Comprometimento contratil do tecido cardiaco isolado apos estimulação com campo eletrico de alta intensidade

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da estimulação de alta intensidade sobre a atividade contrátil do tecido atrial isolado de rato. Procurou-se estabelecer a relação do efeito encontrado com a atividade do retículo sarcoplasmático (RS), utilizando como ferramenta a contração induzida por resfriamento rápido (RCC). Após o choque, a amplitude das contrações reduziu 3±:3 % a 60V/cm, 13±5 % a 130V/cm e 73±13 % a 220V/cm (P<0,001), assim como a amplitude da RCC induzida logo após o choque que apresentou diminuição de ±:4 % a 60V/cm, 64±8 % 130V/cm e 90±:2 % a 220V/cm (P<0,001). Portanto, verificou-se que o campo elétrico de alta intensidade provoca depressão da atividade contrátil e afeta a carga de cálcio do RS, transitoriamente, de modo dependente da amplitude da estimulação. A recaptação de Ca2+ pelo RS não foi, aparentemente, afetada. Um aumento significativo da tensão diastólica pós-choque (P<0,0001) pode ter sido causado por um acúmulo de Ca2+ ocasionado não só por perda temporária de Ca2+ reticular, mas também pela entrada de Ca2+ do meio extracelular através da membrana, visto que tal reação é intensamente reduzida na ausência de Ca2+ externo. Analisando a influência da duração do pulso de alta intensidade na depressão pós-choque constatamos que, embora este fator também contribua para o aumento dos efeitos adversos da estimulação de alta intensidade, o aumento da duração do choque é menos crítico que a elevação da amplitude do mesmo. Os resultados são concordantes com a literatura e tem aplicação direta para o entendimento dos mecanismos de ação envolvidos na depressão da atividade contrátil cardíaca após a desfibrilação e por outros métodos de estimulação com campos de alta intensidade

ASSUNTO(S)

arritmia atrio coração campos eletricos cardioversão eletrica

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