Compressão da mortalidade: entendendo a variabilidade da idade à morte na população do estado de São Paulo, 1980-2005
AUTOR(ES)
Marcos Roberto Gonzaga
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O declínio histórico da mortalidade nos países desenvolvidos tem levado a uma redução na variabilidade da idade à morte e um deslocamento da distribuição dos óbitos em direção às idades mais avançadas. Contudo, não se sabe se o declínio da mortalidade nos países em desenvolvimento, como no caso do Brasil, também conduziu esta redução na variabilidade e ao deslocamento da curva de óbitos. O presente trabalho propõe uma análise das mudanças na estrutura de mortalidade da população de São Paulo, entre 1980 e 2005, na tentativa de identificar os efeitos das mudanças no padrão de mortalidade na variabilidade da idade à morte. Por meio de medidas de tendência central da distribuição dos óbitos em determinada idade, esperança de vida ao nascer, idade modal e idade média à morte, as evidências de um deslocamento da distribuição de óbitos para as idades mais avançadas são claras, pois o tempo médio de vida da população aumentou cerca de 7 anos. Buscou-se analisar se este deslocamento foi acompanhado por uma redução na variabilidade da idade à morte, o que daria suporte para o início de um processo de compressão da mortalidade. Por intermédio da construção de três indicadores de compressão da mortalidade foi possível constatar uma tendência de redução na variabilidade da idade à morte. Inicialmente, dois períodos distintos de mudança foram identificados. No primeiro período, entre 1980 e 1995, as estimativas indicaram um deslocamento dos óbitos acompanhado por um aumento na variabilidade da idade à morte. No segundo período, de 1995 a 2005, identificou-se uma tendência de redução nesta variabilidade. Estimativas acima de determinado percentil da distribuição dos óbitos por idade (que desconsideraram as mortes de adultos-jovens) indicaram que o processo de compressão da mortalidade ocorreu em quase todo o período. Destaca-se que as mulheres apresentaram uma variabilidade da idade à morte significativamente menor que os homens em todo o período analisado.
ASSUNTO(S)
mortalidade são paulo (estado) teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/AMSA-7F8KLKDocumentos Relacionados
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