Composição corporal e risco de alterações metabólicas em adolescentes do sexo feminino

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. paul. pediatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

OBJETIVO: Estudar variáveis antropométricas e de composição corporal como preditores de risco de alterações metabólicas e de síndrome metabólica em adolescentes do sexo feminino.MÉTODOS:Coletaram-se dados bioquímicos, clínicos e de composição corporal de 100 adolescentes de 14 a 17 anos de escolas públicas de Viçosa, MG.RESULTADOS: Quanto ao estado nutricional, 83, 11 e 6% apresentaram eutrofia, sobrepeso/obesidade e baixo peso, respectivamente, e 61% apresentaram alto percentual de gordura corporal. O colesterol total foi o que apresentou maior porcentagem de inadequação (57%), seguido do HDL (high-density lipoprotein -50%), do LDL (low-density lipoprotein - 47%) e dos triglicerídeos (22%). Observou-se inadequação em 11, 9, 3 e 4% quanto à resistência à insulina, insulina de jejum, pressão arterial e glicemia, respectivamente. Encontraram-se maiores valores de insulina de jejum e HOMA-IR (índice de resistência à insulina, do inglês Homeostasis Model Assessment-Insulin Resistance) nos maiores quartis de índice de massa corpórea (IMC), perímetro da cintura, relação cintura/estatura e percentual de gordura corporal. Observou-se que o IMC, o perímetro da cintura e a relação cintura/estatura foram as variáveis que demonstraram predizer melhor o diagnóstico de níveis elevados de HOMA-IR, glicemia e insulina de jejum. A relação cintura/quadril se associou ao diagnóstico da hipertensão arterial. Todas as variáveis de composição corporal foram eficazes no diagnóstico da síndrome metabólica.CONCLUSÕES: As variáveis perímetro da cintura, IMC e relação cintura/estatura foram bons preditores de alterações metabólicas nas adolescentes e, por isso, devem ser usadas em conjunto para avaliar o estado nutricional nessa faixa etária.

ASSUNTO(S)

composição corporal adolescente síndrome x metabólica resistência à insulina.

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