Comportamentos de risco para transtornos do comportamento alimentar entre adolescentes do sexo feminino de diferentes estratos sociais do Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência & Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-01

RESUMO

Este estudo procurou estimar a prevalência de transtornos do comportamento alimentar (TCA) e identificar fatores de risco entre adolescentes do sexo feminino em Fortaleza (Ceará, Brasil). Realizou-se um estudo seccional com 652 estudantes secundaristas (14-20 anos) usando-se o Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE). Aplicou-se um modelo de regressão logística. Cerca de um quarto das participantes apresentou padrão alimentar de risco e práticas de controle de peso; em 1,2% encontraram-se indícios de TCA instalado. Medo de engordar foi relatado por 62%, independentemente de estudarem em colégios públicos ou particulares (p>0,05), mas uso de práticas de risco foi superior naquelas procedentes de escolas particulares (p<0,05). Não ter religião (OR: 2.2; 95%CI: 1.1-4.2) e estudar em colégio particular (OR: 1.7; 95%CI: 1.2-2.5) associaram-se com maior risco de apresentar TCA. Os TCA emergem como problema de Saúde Coletiva mesmo em áreas pobres do Brasil, e o desejo pelo corpo magro não se diferenciou entre os diferentes estratos sociais, embora as práticas de risco sejam mais usadas entre as informantes de colégios particulares. Aspectos culturais e subjetivos se apresentam não apenas como fatores de risco, mas também como protetores.

ASSUNTO(S)

transtornos alimentares anorexia nervosa bulimia nervosa comportamento alimentar epidemiologia nutricional imagem corporal

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