Complicações oculares da terapêutica com a cloroquina e derivados

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-08

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os derivados das 4-aminoquinolonas vêm sendo utilizados desde sua industrialização na terapêutica da malária, das doenças reumatológicas e dermatológicas. Essas drogas apresentam reações adversas sistêmicas e oculares. As reações adversas sistêmicas afetam o sistema gastrointestinal, sistema nervoso, sistema muscular esquelético e a pele, e as oculares são: fotofobia, córnea verticilata, poliose, catarata, paralisia dos músculos extraoculares, uveíte anterior, maculopatia tóxica, neurite óptica. OBJETIVO: Revisão bibliográfica das complicações do uso de cloroquina e derivados. Analisar evolução e estágio atual da propedêutica. Sugerir conduta prática no mapeamento precoce dos sinais de toxicidade. MÉTODOS: Revisão bibliográfica através da pesquisa no banco de dados MEDLINE, PUBMED, LILACS e SciELO. DISCUSSÃO: São descritos todos os exames que podem ser utilizados para mapeamento das reações adversas oculares, tais quais: exame oftalmológico completo, com ênfase na biomicroscopia e oftalmoscopia binocular indireta, campo visual computadorizado, tela de Amsler, visão de cores, exames eletrofisiológicos, polarimetria e tomografia de coerência óptica. É feita a descrição do quadro de maculopatia enfocando epidemiologia, fatores de risco, histopatologia e propedêutica. É descrita a estrutura química e as diferenças entre os derivados das 4-aminoquinolonas. CONCLUSÃO: Todo paciente em uso de cloroquina e seus derivados devem ser acompanhados e documentados desde seu início e até atingir a dose cumulativa acima de 100 gramas. Quanto maior a dose cumulativa, maior deve ser a nossa preocupação com o seguimento desse paciente.

ASSUNTO(S)

maculopatia cloroquina hidroxicloroquina eletrorretinograma

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