Comparação randomizada entre o stent eluidor de paclitaxel de nova geração sem polímero e o stent eluidor de paclitaxel com polímero durável em pacientes com doença arterial coronária: resultados da análise angiográfica e ultrassonográfica seriada do estudo PAX-A

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A maior taxa de trombose tardia observada após implante de stents farmacológicos de primeira geração trouxe preocupação acerca de sua segurança a longo prazo. Inflamação vascular local e cicatrização tardia foram identificadas como importantes substratos para esse fenômeno. Polímero persistente, fármaco antiproliferativo ou ambos foram identificados como importantes fatores etiológicos. No estudo atual procuramos investigar o desempenho e a eficácia do novo stent eluidor de paclitaxel Amazonia-PAX, sem cobertura polimérica, em comparação com o stent de primeira geração eluidor de paclitaxel Taxus Liberté, com cobertura polimérica. MÉTODOS: O PAX-A é um estudo prospectivo, randomizado, cego e unicêntrico, no qual pacientes com lesões únicas, de novo, < 20 mm, em coronárias de 2,5 mm a 3,5 mm de diâmetro, foram randomizados para receber o stent Amazonia-PAX (n = 16) ou o stent Taxus Liberté (n = 15). Os desfechos primários foram a perda luminal tardia intrastent e a porcentagem do volume de obstrução intrastent por ultrassom intracoronário (USIC) 4 meses após o procedimento. Os desfechos secundários foram constituídos por reestenose binária e variação dos volumes do vaso, lúmen e stent pelo USIC aos 4 meses, bem como a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores [ECAM: morte, infarto do miocárdio (IM) não-fatal e revascularização da lesão-alvo (RLA)] em um ano. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças nas características clínicas e angiográficas basais. No seguimento de 4 meses, a perda luminal tardia intrastent (0,77 [0,47-1,05] mm vs. 0,42 [0,17-0,86] mm; P = 0,29) e a porcentagem do volume de obstrução intrastent (19,2 + 9,5% vs. 9,3 + 10,1%; P = 0,08) foram maiores no stent Amazonia-PAX. Em um ano, a taxa de ECAM foi de 18,7% no grupo Amazonia-PAX e de 26,7% no grupo Taxus Liberté (P = 0,8). Houve uma morte e dois IMs não-fatais nos grupos Taxus Liberté e Amazonia-PAX, respectivamente. Dois pacientes no grupo Amazonia-PAX e 4 pacientes no grupo Taxus Liberté necessitaram RLA. CONCLUSÕES: O stent eluidor de paclitaxel não-polimérico Amazonia-PAX promoveu moderada inibição da hiperplasia intimal em comparação com o stent eluidor de paclitaxel com polímero durável de primeira geração Taxus Liberté.

ASSUNTO(S)

stents farmacológicos paclitaxel reestenose coronária trombose coronária

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