Comparação dos Resultados da Intervenção Coronária Percutânea por Via Radial na Síndrome Coronariana Aguda Entre Mulheres e Homens
AUTOR(ES)
Dall'Orto, Clarissa Campo, Lopes, Rubens Pierry Ferreira, Pinto Filho, Gilvan Vilella, Santos, Thayná Soares, Cisari, Giovanni, Perea, Julio Cesar Castilho, Costa, Guilherme de Oliveira Silveira
FONTE
Rev. Bras. Cardiol. Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
Introdução: Na síndrome coronariana aguda, o uso de múltiplos fármacos anticoagulantes e antiagregantes plaquetários contribui para o risco de sangramentos, incluindo aqueles da via de acesso vascular, particularmente no sexo feminino. O uso da artéria radial como via de acesso vascular mostrou reduzir a incidência de complicações. Métodos: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes com síndrome coronariana aguda submetidos a intervenções coronárias percutâneas por via radial, divididos de acordo com o sexo. Foram analisados os perfis dos pacientes, assim como as evoluções clínicas inicial e tardia. Resultados: Pacientes com síndrome coronariana aguda (n = 188) foram submetidos a intervenção coronária percutânea por acesso radial, sendo 34,6% mulheres. Os grupos não mostraram diferenças em relação às variáveis clínicas, com exceção do EuroSCORE e o clearence de creatinina, que caracterizaram um perfil um pouco mais complexo nas mulheres. Em relação às características angiográficas e do procedimento, não foram observadas diferenças em relação à maioria das variáveis. Dois terços dos pacientes tinham acometimento multiarterial, e as lesões tipo não C foram as mais tratadas. As taxas hospitalares de óbito (5,8% vs. 5,5%; p = 0,81), infarto do miocárdio (1,4% vs. 0; p = 0,76) e intervenção coronária percutânea de urgência (1,4% vs. 0; p = 0,76) foram semelhantes entre os grupos; os sangramentos graves foram raros (1,4% vs. 0; p = 0,76). Na evolução tardia, os eventos cardíacos maiores (18,3% vs. 17,1%; p = 0,67) foram semelhantes. Conclusões: Intervenção coronária percutânea por via radial mostrou-se tão efetiva nas mulheres quanto nos homens, no cenário da síndrome coronariana aguda, com alta taxa de sucesso e evolução clínica similar. Mostrou também ser segura, uma vez que os sangramentos foram eventos raros na população avaliada.
ASSUNTO(S)
síndrome coronariana aguda intervenção coronária percutânea artéria radial hemorragia fatores sexuais
Documentos Relacionados
- Comparação da intervenção coronária percutânea por via radial em pacientes com doença arterial coronária estável e instável
- Ansiedade e depressao entre homens e mulheres submetidos a intervencao coronaria percutanea
- Fondaparinux em intervenção coronária percutânea no tratamento da síndrome coronária aguda
- Resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea primária em mulheres
- Crossover da terapia com heparina e risco de sangramento na intervenção coronária percutânea transradial na síndrome coronária aguda