Como libertar as pessoas de “práticas abomináveis”: saúde pública e “racismo silencioso” na Bolívia pós-revolucionária
AUTOR(ES)
Pacino, Nicole L.
FONTE
Hist. cienc. saude-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-10
RESUMO
Resumo: Quando o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) assumiu o poder em 1952, programas de saúde pública rural foram usados para tratar do que as elites chamavam de “problema dos índios”: a ideia de que a cultura indígena dificultaria a modernização da Bolívia. Após 1952, o MNR usou a saúde pública como projeto de assimilação cultural, e programas de saúde patrocinados pelo Estado queriam embranquecer culturalmente a população, transformando seus hábitos. Este estudo analisa a linguagem dos médicos quando falam dos indígenas para mostrar que, apesar de o regime tentar não definir a população rural em termos raciais, as elites médicas e políticas ainda enxergam os costumes indígenas como um obstáculo ao progresso e um resquício de passado antiquado.
ASSUNTO(S)
bolívia mestiçagem movimento nacionalista revolucionário saúde pública raça/etnia
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